São Paulo - A novela acabou. E com final feliz para o São Paulo. Depois de duas semanas de idas e vindas, o clube conseguiu aparar as arestas que restavam e, enfim, anunciou seu quarto reforço para o restante da temporada. Trata-se do meia argentino Marcelo Cañete, que pertencia ao Boca Juniors, da Argentina, e estava emprestado para a Universidad Católica, do Chile. O jogador, de 21 anos, assinou com o São Paulo por três anos e custou US$ 3 milhões (R$ 4,7 milhões) aos cofres são-paulinos.

Interessada no jogador há um bom tempo, a diretoria esteve próxima de oficializar a contratação na última semana. O meio-campista, inclusive, veio ao Brasil, fez exames médicos no Hospital do Coração (HCor) e também no Reffis do clube. Contudo, uma exigência financeira do Boca Juniors, que queria o valor da compra à vista e de forma líquida — sem descontos de impostos —, além de uma pendência com a comissão do empresário do atleta, Rodrigo Vilarino, fizeram o negócio quase melar, tanto que Cañete voltou para o Chile e chegou a dar declarações que não viria mais.

Contudo, no último dia da janela de transferências para o Brasil, o clube conseguiu uma reviravolta e fechou seu quarto reforço. O jogador, que deverá usar a camisa 14, chega ao país hoje à noite e, assim, deverá ser apresentado oficialmente amanhã, no CT da Barra Funda.

“Assim como aconteceu com o Piris (que foi contratado junto ao Cerro Porteño), essa foi outra negociação trabalhosa, complexa, mas que, felizmente para a nossa coletividade, também acabou coroada com êxito”, comemorou o vice-presidente de futebol do Tricolor, João Paulo de Jesus Lopes.

Revelado pelo Boca Juniors, o meio-campista é destro e chegou a ser considerado o sucessor de Riquelme no clube argentino. Contudo, sem espaço, foi ao Chile e, pela Universidad Católica, fez uma boa campanha na Taça Libertadores deste ano, algo que chamou a atenção do São Paulo, seu novo clube.

Jogadores foram pinçados pela ‘carência’ brasileira

A filosofia são-paulina de recorrer ao mercado sul-americano, até então, pouco comum, tem explicação. Tanto pelo meia Cañete, quanto pelo lateral Piris. “Buscamos esses atletas na América do Sul, pois eram posições específicas, que aqui no Brasil é quase impossível de se achar: meia e lateral direito”, ressaltou o vice-presidente de futebol do Tricolor.