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Cañete luta contra fracasso argentino de quase meio século no Tricolor

São Paulo abriu os cofres para contratar o meia
AFP

O São Paulo é o paraíso no Brasil para jogadores uruguaios, que fizeram história nas últimas décadas com passagens vitoriosas pelo clube. Mas o mesmo não acontece com argentinos. O novo reforço da equipe, Marcelo Cañete, lutará contra um jejum de quase 50 anos sem êxitos de jogadores de seu país com a camisa tricolor.

Apesar de o São Paulo ter em sua galeria de ídolos quatro nomes de atletas nascidos na Argentina, todos eles fizeram sucesso há muito tempo. Nos últimos anos, os reforços vindos do país vizinho fracassaram: o zagueiro Ameli (até brigou na Justiça com o clube) e o lateral direito Adrian Gonzalez, que não conseguiu resolver o problema da posição.

O último argentino a virar ídolo do Tricolor dentro das quatro linhas foi o goleiro José Poy, que defendeu a equipe entre 1949 e 1962 (depois teve passagens como treinador). Desde então, nenhum 'hermano' brilhou no São Paulo. Antes do arqueiro, o zagueiro Renganeschi e os meias Albella e Sastre foram ídolos no time.

O defensor atuou pela equipe na década de 1940 e caiu nas graças dos torcedores por conta de sua raça, chegando até a jogar lesionado. Na mesma época, Sastre foi contratado já experiente pelo Tricolor (tinha 33 anos), mas a idade não o impediu de ser tricampeão paulista e acabou virando um dos líderes em campo.

Na década seguinte, os argentinos seguiram em alta com torcedores e dirigentes. Albella desembarcou como um desconhecido, mas formou dupla inspirada com o artilheiro Gino e ganhou o apelido 'El Atômico', pelos dribles imprevisíveis.

Apegado ao sucesso do passado distante, o Tricolor resolveu apostar alto em Marcelo Cañete, na esperança de acabar com o período de quase meio século sem brilho argentino. Mesmo avesso a fazer loucuras financeiras, o São Paulo confia tanto no jogador que pagou U$S 3 milhões para contratá-lo do Boca Juniors, sem a ajuda de investidores.

A negociação se arrastou por semanas, pois o atleta de 21 anos estava emprestado pelo Boca ao Universidad Catolica, que exigiu uma compensação do time portenho para abrir mão do acordo. O habilidoso meia surgiu em seu país como o substituto de Riquelme, mas nunca comprovou na equipe de Buenos Aires o motivo de tanta expectativa. Agora, Cañete lutará para mostrar seu futebol e acabar com o jejum de seus compatriotas no São Paulo, que dura desde 1962.

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