Consagrados no exterior, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho voltaram ao País para resgatar prestígio. Nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília, com acompanhamento da rádio Estadão ESPN), no Rio, os pentacampeões se reencontram em fases distintas para o duelo entre Flamengo e São Paulo.

Artilheiro do Brasileiro, com 5 gols, Ronaldinho tem dado sinais de reação após uma longa espera da torcida do Flamengo. Vem de duas boas atuações, em que marcou três vezes.

Ronaldinho, que chegou a ser vaiado pela torcida, foi defendido pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que minimizou os reflexos de sua agitada vida noturna. Evitou bater de frente com a principal estrela do time, cujo salário é de cerca de R$ 1,2 milhão.

E o apoio deu resultado. O crescimento do meia tem sido decisivo para a recuperação do time carioca, que se mantém invicto e subiu para o 6.º lugar, com 13 pontos conquistados.


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"O Ronaldinho dispensa comentários, em qualquer lance pode decidir o jogo", diz o técnico são-paulino Paulo César Carpegiani. "Não tem feito isso com tanta regularidade, mas é um jogador muito perigoso."

No time do Morumbi, Rivaldo tem convivido com o papel de coadjuvante há mais de dois meses. Mesmo com o time bastante desfalcado, Carpegiani mantém o jogador de 39 anos na reserva desde meados de abril.

Após criticar publicamente o treinador na eliminação da Copa do Brasil, diante do Avaí, Rivaldo foi multado em 20% de seu salário, de R$ 100 mil. A perda na queda de braço serviu para encostar de vez o veterano meia, que fez apenas um gol no clube, em sua estreia, há 5 meses.

O apoio a Rivaldo, porém, vem das arquibancadas. Na maioria dos jogos do São Paulo, a torcida tem gritado o nome do jogador quando o time enfrenta dificuldades - Carpegiani costuma ouvir e tem colocado o meia na segunda etapa.

Com 100% de aproveitamento nas cinco primeiras rodadas, o São Paulo perdeu a confiança após sofrer a goleada por 5 a 0 no clássico com o Corinthians.

Na última rodada, bastante abalada, a equipe de Carpegiani caiu por 2 a 0 em casa diante do Botafogo e perdeu a liderança.

O treinador admite que a equipe sentiu o peso do vexame no clássico. "Especialmente nos 15 minutos iniciais, o time sentiu contra o Botafogo. Foi algo notório e preocupante."

Sem conversa. A má fase do São Paulo, que coincidiu com a saída de Lucas, parece ter afetado Rogério Ceni. O goleiro, a exemplo de Ronaldinho e Rivaldo, também foi pentacampeão com a seleção em 2002.



Ceni vinha de boas atuações e falhou de forma grosseira no clássico. Depois, aceitou chute claramente defensável no último jogo. Carpegiani garante, porém, que nem pensou em ter conversa com o goleiro. "Ele tem tranquilidade para superar isso, pelos ganhos que teve na carreira até hoje", disse o técnico.

Apesar dos tropeços recentes, o São Paulo defende o retrospecto perfeito em jogos fora do Estado neste Brasileiro: venceu Fluminense, Atlético-MG e Ceará como visitante.

FLAMENGO - Felipe; Léo Moura, Welinton, Ronaldo Angelim e Junior Cesar; Airton, Willians, Renato Abreu e Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

SÃO PAULO - Rogério Ceni; Xandão, Rhodolfo e Luiz Eduardo; Jean, Wellington, Carlinhos Paraíba e Juan; Marlos, Fernandinho e Dagoberto. Técnico: Paulo César Carpegiani.

Árbitro - Márcio Chagas da Silva (RS); Horário - 21h50; TV - Band e Globo; Local - Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), no Rio de Janeiro (RJ).