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Cotado pela seleção italiana, Lyanco fala da vida no Calcio e revela amor pelo São Paulo

Reforço mais caro do Torino para a temporada, Lyanco começou com o pé direito sua passagem pelo Calcio. O ex-zagueiro do São Paulo, de 20 anos de idade, virou titular da equipe de Turim, conseguiu arrancar elogios da imprensa até em uma derrota por 4 a 0 no clássico contra a Juventus e está cotado para jogar na seleção italiana. Em entrevista exclusiva ao Blog, o garoto de 7 milhões de euros descreveu como anda a vida na Europa, falou dos planos do Torino, respondeu sobre a possibilidade de defender a Azzurra e revelou que guarda um carinho especial pelo Tricolor.



BLOG: Como tem sido a vida em Turim?
LYANCO:
Tem sido uma coisa de outro mundo: em todos os sentidos, é tudo bastante tranquilo. Agora que está chegando o frio e ele prega algumas peças. Às vezes, eu e meus pais vamos sair para jantar e vemos que estamos com pouca roupa. Aí, volta todo mundo para casa, para pôr mais roupa.

Você é o único brasileiro do Torino. O quanto isso dificulta a adaptação?
No primeiro momento, dificultou. Mas, me obrigou a conviver com todo mundo e me fez aprender a falar italiano na marra. E, felizmente, sou um cara bom de grupo, fui muito bem recebido por todos e tenho um ótimo ambiente aqui.

Como é a rivalidade entre Juventus e Torino?
É bem grande, principalmente por parte dos torcedores. Mas tem uma coisa curiosa: vários jogadores moram perto. No meu prédio, por exemplo, tem três caras da Juventus: o Alex Sandro, o Asamoah e mais um zagueiro. Na frente, mora o Dybala.

Como repercutiu aí a não classificação da seleção da Itália para a Copa?
Foi triste para todo mundo. Ninguém imaginava que a Itália ficaria fora de uma Copa depois de 60 anos.

Os jornais italianos publicaram que a Federação Italiana quer te convocar para jogar na seleção.
Ninguém falou sobre isso diretamente comigo, mas vi no jornal de coisas que estavam saindo e soube que meu empresário conversou com o diretor do Torino, que confirmou a história: que o pessoal da Federação Italiana perguntou sobre a minha disposição.

Mas você toparia ser convocado pela Itália, abrindo mão da seleção brasileira?
Se já era difícil ter de escolher entre Brasil e Sérvia (Lyanco tem familiares sérvios e chegou a disputar a Eurocopa sub-21 no ano passado), imagina entre Brasil e Itália. Mas Brasil é Brasil, né (ele jogou pelo Brasil no Sul-Americano sub-20 deste ano).

Então não tem decisão formada?
Para que eu possa ser convocado para a Itália, ainda preciso pegar meu passaporte italiano. Então, vou deixar as coisas acontecerem. De qualquer forma, se estão pensando em me convocar, é sinal de que estão me avaliando bem.

Você conseguiu ser elogiado até na derrota para a Juve por 4 a 0.
É. O jogo não foi muito bom para o time, mas os jornalistas disseram que eu tive boa atuação. Felizmente, tenho conseguido ir bem em quase todas as partidas.

Estará em campo neste domingo contra o Chievo?
Já estou recuperado do rompimento de parte do ligamento do tornozelo. Por causa disso, perdi duas semanas de jogos e depois veio a pausa no campeonato por causa das Eliminatórias. Mas já estou bem e pronto para jogar.

Que balanço faz dos primeiros meses no futebol italiano?
Está sendo melhor do que eu esperava. Vim com a cabeça muito tranquila e o fato de todos terem me abraçado deixou o dia a dia mais leve. Passei por uma cirurgia para tirar a amigdala na pré-temporada, mas só perdi o primeiro jogo do campeonato por causa disso.

Seu time é o 8º no Calcio. Está dentro do que vocês planejavam?
A gente está bem, conseguindo se manter na parte de cima, mas o foco é conseguir a classificação para a Liga Europa e, para isso, precisamos ganhar do Chievo. O Torino conseguiu ser quinto colocado até o jogo com a Juventus.

Dizem que o Campeonato Italiano é um dos mais táticos do mundo. É real?
Sim, ainda mais para um zagueiro. A gente treina muito a parte tática. Todos os movimentos são bem ensaiados, mas peguei rápido e, dentro de campo, não é difícil, até porque é o que gosto de fazer.

Você tem ficado na Itália com seus pais?
Meu pai (Marcelo) e minha mãe (Carla) se revezam entre Turim e Vitória, no Espírito Santo. Até porque minha irmã (Lyara) continua morando no Brasil.

Continua acompanhando o São Paulo?
Claro, vejo sempre que dá. Por exemplo na quarta, assisti ao jogo contra o Grêmio. Também vejo quase tudo o que sai em rede social e na internet. Eu me apeguei bastante e hoje posso dizer que o São Paulo é o meu clube.

Mantém contato com algum jogador?
Falo com a molecada que subiu para o time profissional mais ou menos na mesma época que eu, como o Lucas Fernandes. Estou longe, mas sempre torcendo.

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