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Encontro de técnicos na CBF coloca entidades que representam treinadores em pé de guerra; entenda

Dorival Júnior é um dos líderes da Federação de Treinadores

A Federação Brasileira de Técnicos de Futebol (conhecida pela sigla FBTF), que foi criada em 2013, terá na próxima segunda-feira um dos dias mais importantes em sua curta história. Fará na sede da CBF um encontro entre profissionais, evento que foi batizado como "1º Encontro Nacional dos Treinadores de Futebol". O problema é que a reunião a colocou em pé de guerra contra uma outra entidade, que é inclusive mais velha, a Associação Brasileira de Treinadores de Futebol.



A ABTF emitiu uma comunicado repudiando o encontro. O motivo? Não gostou de ter sido ignorada.

"A FBTF, fundada há menos de cinco anos, agendou para a próxima segunda-feira, às 9h45, o que denomina de 'encontro nacional dos treinadores', no auditório da Confederação Brasileira de Futebol, CBF, na Barra da Tijuca, sem convidar, justamente a ABTF, entidade que cuja representatividade é mais do que reconhecida no Brasil e em outros países, que nos enviam alunos para os nosso cursos de formação, ministrados há. Pelo menos 36 anos", escreveu em trecho de um longo comunicado.

O encontro da Federação de Técnicos terá profissionais da primeira divisão, nomes como Dorival Júnior (técnico do São Paulo), Jair Ventura (Botafogo), Abel Braga (Fluminense), Vanderlei Luxemburgo (Sport), Vagner Mancini (Vitória), além de renomados como Zico e Carlos Alberto Parreira.

De fato, a Federação de Técnicos é nova e foi criada pouco depois que os jogadores deram vida ao movimento Bom Senso FC. Ambos tinham uma mote inicial parecido. Nasceram desvinculados de qualquer sindicato ou entidade e com o propósito de batalhar por direitos, melhorias no trabalho e até segurança na carreira.

O Bom Senso FC obteve avanços, protagonizou momentos marcantes, com protestos antes dos jogos. A Federação de Técnicos deu passos em outra direção. Reuniões para discutir formas de melhorar as condições, chegaram a preparar um projeto para regulamentar a área, mas que não chegou a ser votado em Brasília. Após a tragédia envolvendo o acidente da Chapecoense, o batizaram como Lei Caio Júnior (técnico do time catarinense, morto na queda do avião).

Hoje, o presidente da Federação de Treinadores é o ex-jogador Zé Mario. Mas Dorival Júnior, Vagner Mancini e Abel são os mais influentes.

A Associação de Treinadores teve mudança na diretoria neste ano. Carlos César foi afastado da presidência e o então diretor administrativo, Hermonzilha Cardoso, foi eleito. Ele tem como vice Waldemar Lemos, irmão de Oswaldo de Oliveira.

"Como se pode promover um encontro de treinadores, que se quer chamar de nacional, sem a participação de quem, até o presente momento, luta pela aplicação da Lei 8650/1993? Como se pode alijar a ABTF de uma discussão sobre a categoria, se foi, por nossa iniciativa, e não de outra entidade – fato comprovado por documento da própria CBF – que a entidade máxima do futebol registrou no Boletim Informativo Diário(BID), finalmente este ano, o contrato do treinador Fernando Tonet, do Parnahyba F.C,sendo este o primeiro treinador a ter seu vínculo de trabalho registrado na CBF?", indaga a Associação de Técnicos.

A entidade criada em 1975 diz que seu entendimento é que a Federação de Técnicos pretende substituí-la e por isso a "ignorou".

"O motivo de a FBTF querer a exclusão da Associação Brasileira de Treinadores de Futebol é muito claro, como já declarado verbalmente por um de seus diretores: substituir a ABTF. É este o claro objetivo. O enfraquecimento e a substituição da ABTF das discussões referente à categoria. E para isso, lançam mão de artifícios, como esse denominado “encontro nacional”, sem a participação da única entidade representativa dos treinadores em todo o território brasileiro. E somos a única no país inteiro, já que a FBTF sequer tem representatividade em dez dos 27 estados e Distrito Federal. A retaliação mais clara é a mentira lançada, pela FBTF, no item 7 da pauta desse “encontro”. Segundo a Federação, houve “a interferência de diretores da ABTF, sob a alegação que o projeto não era o desejado pelos treinadores”.

"O projeto em questão é o PL 7560, apelidado de Lei Caio Jr, cujo relator, é o deputado José Rocha. A ida do presidente da ABTF, Hermonzilha Cardozo, e do diretor financeiro Fernando Pires a Brasília, em momento algum teve o intuito de frear a tramitação de qualquer matéria, pois não temos tal poder. Apenas mostramos, a quem de direito, que a tal matéria, cujas discussões ocorreram sem a presença de uma entidade com mais de 40 anos de lutas pela categoria, e com tantos pontos de conflito com a Lei 8650/93, já em vigor,era, no mínimo estranha, e deveria ser mais bem apreciada", explicou a Associação.

Irritada por ter sido excluída, a Associação de Treinadores disse em seu comunicado que é não é "contra qualquer iniciativa de se melhorar o que já foi conquistado, e de se avançar na luta pela unificação da categoria e reconhecimento de seus direito", mas repetiu ser contrária a um encontro em que nem é convidada.


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