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Análise: atitude e bola parada salvam o São Paulo em jogo de muitas falhas

Qualidade de Hernanes e ímpeto de Gilberto evitam derrota para o Cruzeiro, em partida que se transformou na sequência dos testes de Dorival Júnior: correções são necessárias

Em agosto, o São Paulo entrou em campo com seis jogadores – Arboleda, Edimar, Militão, Petros, Hernanes e Marcos Guilherme – que ainda não tinham 10 jogos pela equipe no ano. É repetitiva, mas sempre válida a ressalva de que a construção/destruição/reconstrução da equipe em meio ao Campeonato Brasileiro interfere diretamente no desempenho em campo.



Número de jogos pelo São Paulo em 2017:

Petros: 10
Arboleda: 9
Militão: 9
Edimar: 6
Hernanes: 4
Marcos Guilherme: 4

Diante disso, a vitória por 3 a 2 sobre o Cruzeiro foi uma espécie de extensão dos testes que Dorival Júnior fez durante a semana passada. Ao longo dos 90 minutos, por exemplo, três jogadores diferentes exerceram a função de primeiro volante, de iniciar as jogadas: Militão, garoto titular que sentiu nervosismo excessivo; Rodrigo Caio, zagueiro que trocou de posição com o parceiro durante alguns minutos; e Jucilei, que entrou no intervalo.

A ideia do técnico era que o responsável por essa posição tivesse mais participação ofensiva. Militão até tentou, encostou nos meias para ser mais um na troca de passes perto da área rival, mas errou bastante, e a cada erro ficava mais retraído. Jucilei entrou no intervalo e tentou acelerar o jogo, até o São Paulo levar a virada e entrar em parafuso por instantes.

Fato é que o Tricolor mostrou pouquíssimo, novamente. Salvo pela qualidade de Hernanes na bola parada, ganhou três pontos e alívio para trabalhar por mais uma semana em busca de correções. Elas serão importantíssimas contra o Avaí, no próximo domingo, fora de casa.

Robinho avança com liberdade total antes de fazer o lançamento que terminaria em gol – com falha que um zagueiro como Rodrigo Caio, às portas da Copa do Mundo, não pode mais cometer. No mesmo lance, erro individual do principal defensor, e coletivo de uma equipe retraída, preocupada, mas pouco agressiva na marcação.

Outra questão é a movimentação que envolve laterais fechando pelo meio e abrindo um corredor para a passagem dos pontas. Buffarini e Edimar não são dos mais rápidos e têm pouca aptidão ofensiva. Não são laterais com qualidade para participar da criação pelo meio. Marcos Guilherme, e principalmente Marcinho, não têm conseguido usar bem a velocidade.

Petros e Hernanes precisam se aproximar mais dessas jogadas para que o São Paulo possa triangular pelos lados.

Aspectos táticos à parte, atitude e personalidade ainda são importantíssimas no futebol. Gilberto entrou no segundo tempo, abriu espaços que não existiam com seu ímpeto – inclusive no pênalti que sofreu para decidir a vitória –, se aproximou de Pratto. Enfim, jogou. Falta de confiança é um problema real, então é preciso valorizar jogadores como o centroavante.

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