Lapolla, salvo alguns exageros, tem sido bem coerente nos últimos anos, e eu concordo com o ponto de vista dele.
Como único opositor à ditadura de Juvenal, o conselheiro se vê disposto a brigar com o atual presidente, mas não consegue convencer muitos outros conselheiros a lhe apoiarem.
A verdade é que Juvenal tem todos em suas mãos. Parece que ninguém quer arrumar briga contra o mandatário. Juvenal, nesse momento, é o Soberano dentro do clube, mas não consegue fazer com que o tricolor seja Soberano nos campos, como sua história sugere.
Desde a saída do saudoso Marcelo Portugal Gouvea, o São Paulo Futebol Clube se vê à mercê de um megalomaníaco que usa a cadeira de presidência do clube para fazer um ode ao seu próprio ego, mandando e desmandando, sem o menor senso de responsabilidade.
Pessoas que ajudaram no sucesso do clube saíram. Algumas por não concordar com os métodos da diretoria, outros por que a diretoria simplesmente resolveu retira-los de lá, e outros, ninguém sabe.
A irresponsabilidade da Diretoria em geral, reflete no futebol apresentado dentro de campo. O time não consegue convencer. Tem lampejos de bom futebol, e fica dando aquela impressão de "agora vai". Mas não vai. E já fazem quatro anos.
Trocou-se técnico. Trouxeram um estrategista, subiram o técnico da base, fizeram apostas e voltaram à velha escola. Nenhum deles deu resultado.
Cansados de trocar de técnico, trocaram jogadores. Desmontaram as rodinhas, as panelinhas. Venderam bem aqui, deixaram ir embora ali. E as panelinhas acabaram. A apatia diminuiu. Mas o futebol não cresceu.
Eis aí problema. O clube nesse momento, deveria ser chamado de São Paulo Clube, por que o Futebol sumiu.
Não, Juvenal não está embriagado pelo Whiskey que toma. Juvenal está embriagado pelo poder, e isso se tornou um vício que será difícl de fazê-lo abrir mão.