O São Paulo impediu que o Tigre fizesse o treino de reconhecimento do gramado do Morumbi, na noite desta terça-feira. A delegação do clube argentino foi avisada por volta das 19h30 que não faria a atividade no palco da final da Sul-Americana, que acontecerá na noite de quarta-feira. Os mil ingressos da torcida visitante também não foram entregues aos argentinos, e só serão repassados nesta quarta.
- Não nos cederam o campo para fazermos o treino no Morumbi. Sentimos que o São Paulo não teve reciprocidade. Já transmitimos um comunicado à Conmebol, sabemos que neste momento não há muito que se possa fazer, mas esperamos que algo se faça depois da final. Não sabemos quando foram os shows da Madonna, mas o estádio deveria estar em condições para ser usado. Não houve reciprocidade do São Paulo - disse Rodrigo Molinos, presidente do Tigre, ao LANCE!Net.
A justificativa usada pelo São Paulo para vetar o treino do Tigre no Morumbi, que estava marcado para as 21h, foi o estado ruim do gramado, consequência dos shows da cantora norte-americana Madonna, que se apresentou no estádio nos últimos dias 4 e 5. Para piorar, o comunicado cancelando o treino só veio às 19h30, o que dificultou a vida do Tigre para treinar na véspera do jogo. Neste momento, a diretoria não sabe se treinará em algum lugar.
Na Argentina, o Tigre não pôde receber o primeiro jogo em seu estádio, o Monumental Victoria, por conta da capacidade de apenas 26 mil pessoas. Como, para a final, a Conmebol exige uma arena para pelo menos 40 mil espectadores, a partida aconteceu na Bombonera, estádio do Boca. Lá, o São Paulo pôde fazer o treino de reconhecimento do estádio na véspera da partida.
Outra dificuldade vivida pelo Tigre é em relação aos ingressos vendidos à torcida visitante. O São Paulo ainda não entregou as entradas, a torcida permanece na Argentina, e parte dos bilhetes só chegará às mãos do clube nesta quarta-feira, horas antes do confronto no Morumbi.
- Vamos pegar parte dos ingressos com eles agora à noite. A outra parte, pegaremos apenas amanhã. Não houve reciprocidade. Ao São Paulo, na Argentina, demos todos os ingressos que eles precisaram - lamentou Molinos.