Os jogadores frisam em suas entrevistas que tentam evitar qualquer influência das divergências entre Emerson Leão e diretoria com as atuações no campo. E o técnico diz estar comprovando o sucesso da intenção de seus comandados. O ex-goleiro garante que nem ouve os atletas falarem sobre os rumores de sua demissão.
“Temos treinado em um clima legal, com sorriso, da melhor maneira possível. Não mudou a nossa rotina”, falou o treinador, considerando os questionamentos sobre sua permanência no cargo muito mais pesados do que a realidade nos campos do CT da Barra Funda.
Uma das razões de o ambiente ter se mantido agradável é o apoio dos jogadores ao seu comandante. Ver o treinador do lado de Paulo Miranda, barrado dos dois duelos contra a Ponte Preta pelas oitavas de final da Copa do Brasil por imposição dos dirigentes, valeu mais do que as vitórias seguintes à traumática eliminação para o Santos no Campeonato Paulista.
Em meio ao afastamento de Paulo Miranda, Leão sugeriu pacto até com a lavanderia aos seus jogadores em vez de valorizarem as palavras de dirigentes que não participam do dia a dia do elenco – como o presidente Juvenal Juvêncio, o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes e o diretor de futebol Adalberto Baptista. Conseguiu o que queria.
“Quando um grupo de trabalho não está fechado com o clube, que é superior a todo funcionário, tem alguma coisa errada. Se os que fazem parte da equipe, incluindo treinador, massagista e cozinheiro, estão agrupados é muito bom. É o nosso caso”, comemorou.
“Quando ganhamos e temos uma premiação, uma parte vai para todos os funcionários, como o pessoal da cozinha, quem varre... Então, todos torcem a favor, ninguém torce contra”, argumentou o treinador, demonstrando à torcida que, no CT da Barra Funda, se trabalha em prol do sucesso do Tricolor.
Leão rejeita até que haja um pacto de vitória por sua permanência, embora ele tenha o apoio do elenco. “O jogador joga para ajudar a si próprio. Quando ele se ajuda e ajuda coletivamente, vem a vitória que ajuda também torcedor, dirigente, comissão técnica, todos”, apontou.
