
vipcomm
"O bom do julgamento é que tem sempre um órgão superior para recorrer. Se na primeira instância não for possível, você recorre a Brasília que ganha mais tempo. Existem processos de dez, 15 anos que não foram julgados ainda. Tem muito tempo para correr ainda", sorriu o comandante.
A resposta demonstra que, embora ainda não haja negociação para renovar seu contrato, que acaba em dezembro, a diretoria tem apoiado o treinador. O presidente Juvenal Juvêncio, espécie de "órgão superior" citado por Leão, vê no técnico a solução para mexer com atletas tidos como desmotivados.
Por isso, o ex-goleiro só lamenta os maus resultados - tem só 26% de aproveitamento nesta passagem pelo Tricolor. "Estou satisfeito com o trabalho, mas não com o resultado em campo. Mas precisamos continuar desta maneira para aumentá-lo. Sempre é possível melhorar, às vezes mais, às vezes menos", projetou.
Com punições como polichinelos e brincadeiras como ordens repentinas para atletas se abraçarem ou caírem durante os treinos, Leão está convicto de que tem o elenco nas mãos. E desafia quem duvida a questionar os próprios jogadores para ver se alguém o criticará - até agora, só Cícero chiou ao ser cortado do banco de reservas, mas logo virou titular.
"Às vezes, pegam o time já no final do campeonato e falam que precisam de várias coisas. Porém, quando você mostra para os jogadores que é possível através do trabalho, pode não conseguir na urgência, mas eles entendem. Perguntem a qualquer atleta o que acham do trabalho do treinador", convidou Leão, confiante em relação à vaga na Libertadores.
"Se o América-MG atingiu três vitórias seguidas, por que não o São Paulo? Seria algo altamente normal, só precisamos demonstrar isso em campo", pediu, minimizando a distância para a faixa que classifica ao torneio continental.
"Quem teve a possibilidade de ficar lá na frente por mérito próprio pode sempre alcançar novamente. Quem desistiu, não é merecedor. E o meu lema é do vitorioso, não de quem desiste", filosofou.