De Vitor Birner
América MG 1×1 São Paulo
Gols perdidos, oscilações no desempenho coletivo, acomodação de Dagoberto, Rivaldo apagado, Lucas ansioso…
O São Paulo repetiu seus erros usuais contra o lanterna do Brasileirão.
O América correu muito mais que o adversário no primeiro tempo, quando atuou bem (dentro das possibilidade do elenco, claro)
Não conseguiu manter o ritmo na etapa complementar, viu a equipe de Adilson sair na frente e Kempes tirar o mascote do time da cartola no empate.
O São Paulo não pode lamentar a igualdade.
Deve se preocupar com o monte de erros que torna a equipe menos competitiva e estável.
Escalações
América MG – (3-5-2) -Neneca; Micão, Gabriel e Willian Rocha; Marcos Rocha, Dudu, Amaral, Gilson e Rodriguinho; Léo e Alessandro
São Paulo – (4-4-2) – Rogério Ceni: Pirís, Xandão, Rhodolfo e Juan; Wellington, Carlinhos Paraíba, Lucas e Cícero; Dagoberto e Rivaldo
Ficou só na ameaça
Logo aos 3 minutos, Cícero fez boa jogada pela esquerda, rolou a dita cuja para trás, Lucas deixou passar e Rivaldo chutou na trave.
O time de Adilson iniciou melhor que o Coelho. Passou a impressão que conseguiria se impôr.
Ficou só na ameaça
Equilíbrio
Givanildo mandou sua equipe marcar a saída de bola sob pressão.
Léo e Alessandro tentaram desarmar os defensores são-paulinos dentro da área do goleiro Rogério Ceni.
Demorou cerca de 10 minutos para o sistema defensivo do anfitrião se acertar.
Quando conseguiu, a partida ficou corrida, disputada, cheia de erros e equilibrada.
Jogo ruim na parte técnica
O São Paulo falhou em diversos aspectos, todos pela mesma razão.
Faltou qualidade no passe.
Isso complicou a missão de superar a marcação forte e avançada do América.
Nos momentos em que levou a redonda para o campo de ataque, continuou errando passes simples.
Cícero foi o mais lúcido, apesar de não merecer grande destaque pela atuação.
Lucas, Rivaldo e Dagoberto se apresentaram mal.
O jovem pecou nos dribles e toques. O veterano na mesma coisa e nas tentativas de domínio de bola.
Dagoberto não mostrou grande interesse pelo confronto.
Eles atuaram distantes uns dos outros.
Simplificaram os desarmes dos anfitriões.
Por isso, até o intervalo, não criou nada além daquela chance no começo.
O Coelho também deixou bastante a desejar ofensivamente.
Apesar de mais uma vez o São Paulo deixar espaço na entrada da área, e de Wellington e Carlinhos estarem sobrecarregados (Cícero os ajudou. Lucas um pouco, Rivaldo e Dagoberto ficaram olhando) o América passou a maior parte do tempo apostando em levantamentos na área e chutes de fora dela.
Domínio do Coelho
Aos 34 Micão, de cabeça, obrigou Rogério a fazer difícil defesa. No rebote, Rodriguinho, de fora da área, chutou e levou perigo.
Logo em seguida Alessandro também ameaçou o gol dos visitantes.
Os útimos minutos do primeiro tempo foram dominados pelo Coelho.
Ataque x Contragolpe
Era impossível o América correr no segundo tempo tal qual havia feito até o intervalo.
O time de Givanildo voltou recuado. Deixou o adversário levar a bola até o meio-campo, ao invés de tentar os desarmes no ataque.
Queria atrair o rival e fazê-lo deixar espaços para os contra-ataques.
Não deu certo.
O passe são-paulino e a aproximação dos jogadores melhoraram após a bronca de Adilson no vestiário.
As chances de gol apareceram.
Aos 8 Dagoberto cruzou rasteiro, Neneca deu rebote e Rivaldo ajeitou para Lucas chutar forte.
Neneca defendeu.
Trocas técnicas
As alterações não mudaram as propostas de jogo.
Aconteceram por causa das deficências técnicas dos atletas.
Aos 16 Kempes substituiu Léo.
Aos 20 Fernandinho entrou no lugar de Dagoberto.
Logo em seguida Givanildo trocou Rodriguinho por Netinho.
Aos 29 Adilson pôs Marlos na vaga de Rivaldo.
Aos 30 o vetenado Fábio Jr foi a campo e Alessandro saiu.
Velho defeito
Não aconteceu nada atípico na Arena do Jacaré.
O são-paulino viu os jogadores que defendem seu time perderem gols ao longo da temporada.
Aos 23 Fernandinho cruzou bem, todavia Rivaldo cabeceou mal.
Aos 31 Cícero quase fez 1×0. Marcos Rocha evitou.
Aos 32 Fernandinho, de frente para Neneca, finalizou de direita e mal após o cruzamento de Juan.
Outros chutes de fora da área em boas condições não foram bem executados.
Gol e golaço!
Marlos, aos 40, fez 1×0.
Pegou o rebote depois de Wellington tropeçar na bola com o gol livre e a zaga do América tirar a dita cuja em cima da linha.
O Coelho, inoperante ofensivamente na etapa complementar, precisou ir ao ataque.
Conseguiu uma cobrança de lateral aos 42. e de lá mesmo levantou a redonda na área.
Cícero cabeceou para interceptar o cruzamento manual e Kempes acertou voleio difícil lindo, sem chance de defesa para Rogério Ceni.
Golaço!!!
Poucas vezes o boleiro do Coelho vai acertar outros iguais.
O lance foi o castigo para a equipe que continua na zona de classificação da Libertadores, porém deve futebol confiável, regular e muitas vezes guerreiro.
Cícero, também de cabeça, ainda perdeu a oportunidade de balançar a rede aos 46.