O São Paulo Futebol Clube decidiu encerrar sua parceria com o nutrólogo Eduardo Rauen, responsável pela implementação do projeto TecFut no clube. Essa decisão foi tomada após a repercussão negativa de reportagens que revelaram a indicação de canetas emagrecedoras a jogadores do elenco profissional. A cúpula tricolor classificou o episódio como grave, considerando que houve uma quebra de protocolos médicos e institucionais, além de uma exposição desnecessária do clube em um momento crítico em que a profissionalização é fortemente cobrada.
A diretoria avaliou que a situação poderia acarretar riscos jurídicos, esportivos e de imagem para o São Paulo, levando à rescisão do contrato com Rauen como uma medida necessária e imediata para evitar um desgaste maior nos bastidores do clube.
O caso gerou desconforto também no departamento de futebol e na comissão técnica, liderada por Hernán Crespo. Pessoas próximas ao treinador notaram uma resistência ao uso das canetas emagrecedoras desde que o tema foi trazido à tona. Para a comissão técnica, qualquer intervenção médica deve seguir protocolos claros e estar alinhada com a filosofia de trabalho do clube, ampliando a tensão em um setor que já enfrentava questionamentos.
Assim, a saída de Rauen foi considerada inevitável. A diretoria entendeu que a permanência do profissional poderia intensificar a crise interna e gerar mais desconforto entre os jogadores. A demissão é vista como uma tentativa de conter a crise no setor de saúde do São Paulo.
O clube planeja revisar processos, fortalecer a governança médica e estabelecer critérios mais rigorosos para decisões que envolvam o elenco. Além disso, o próprio projeto TecFut, que foi implementado no Centro de Treinamento da Barra Funda com a promessa de modernizar a preparação física e a recuperação dos atletas, será reavaliado pela diretoria nos próximos meses. A ideia é corrigir a rota, restaurar a credibilidade interna e externa e alinhar o departamento médico às exigências de alto rendimento do futebol moderno.
Neste contexto, o São Paulo reconhece que a transparência e o controle serão fundamentais daqui em diante.