A crise política no São Paulo FC atingiu novos patamares nesta segunda-feira, com a oposição formalizando a articulação para o afastamento do presidente Julio Casares. A iniciativa, liderada pelo grupo Salve o Tricolor Paulista, surgiu em resposta a um suposto esquema de venda irregular de ingressos no Morumbi, e já conta com o número mínimo de assinaturas estipulado pelo estatuto do clube. A tensão nos bastidores é palpável.
Informações indicam que o pedido de afastamento requer no mínimo 20% dos conselheiros deliberativos, o que equivale a 52 assinaturas. No entanto, o grupo que está promovendo essa ação já reúne 55 apoios, superando a quantidade necessária para protocolar o documento, que deve ser apresentado ainda nesta semana. Se seguir adiante, o caso será analisado pelas comissões internas do clube.
A crise foi catalisada por uma reportagem do ge, que expôs áudios envolvendo dois diretores do São Paulo, supostamente relacionados a um esquema clandestino de comercialização de camarotes durante eventos no estádio. Ambos os diretores, Douglas Schwartzmann, responsável pelas categorias de base, e Mara Casares, diretora feminina, cultural e de eventos, foram afastados de seus cargos após a divulgação do material.
A oposição enfatiza que ambos ocupam posições estratégicas dentro da administração do São Paulo, e o fato de Mara ser ex-esposa de Julio Casares é um ponto relevante no pedido de afastamento. Para os conselheiros, a relação pessoal e profissional levanta questionamentos sobre o conhecimento do presidente acerca das irregularidades mencionadas nos áudios.
Outros aspectos levantados no manifesto incluem a localização do camarote implicado, que se encontra em frente à sala da presidência. Este detalhe acentua a argumentação de que as irregularidades não poderiam ter passado despercebidas por Casares e seu superintendente, Marcio Carlomagno, também mencionado nas gravações.
Os conselheiros que estão promovendo a ação defendem o afastamento cautelar imediato de todos os envolvidos, incluindo o presidente, para assegurar uma investigação independente, sem influências políticas ou administrativas. Reconhecendo o direito à ampla defesa, eles consideram que os conteúdos dos áudios são suficientemente sérios para justificar uma resposta imediata.
Após o protocolo do pedido, o documento será analisado pelo presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres. Se o pedido for acolhido, o caso seguirá para as comissões de ética e disciplinar antes de uma eventual votação. O resultado dependerá da avaliação interna e da mobilização dos conselheiros nos próximos dias.
Neste contexto, o São Paulo vive um de seus momentos políticos mais delicados. O caso gerou grande repercussão entre os torcedores, ampliando a pressão por maior transparência nas gestões. Internamente, o clima é de cautela e expectativa, com o futuro da presidência de Julio Casares agora condicionado aos próximos passos do Conselho.
Nao vai dar em nada pois quem vota nisso aí tem tudo rabo preso na mamata