Na última terça-feira, 9 de outubro, o São Paulo Futebol Clube emitiu uma nota esclarecendo que forneceu informações ao Ministério Público em resposta a uma denúncia anônima relacionada a uma possível acusação de gestão irresponsável. Entre os aspectos destacados na denúncia estão alegações de que jogadores formados em Cotia foram vendidos por valores inferiores ao mercado, a possível participação do filho do presidente Julio Casares em negociações de atletas, além de questionamentos sobre a dívida do clube e a criação do FIP de Cotia.
A ESPN foi a primeira a noticiar a informação, que foi posteriormente confirmada pelo LANCE!. Recentemente, um grupo de conselheiros do São Paulo se reuniu para interpelar o presidente Júlio Casares sobre a possível atuação de seu filho, Julinho Casares, em ações vinculadas à agência KAH Sports, que já agenciou atletas das categorias de base do clube. Um dos requerimentos apresentados mencionava um potencial conflito de interesse, com base em documentos que comprovam uma sociedade entre o empresário de jogadores Aref Abdullatif e Júlio César Casares Filho na empresa Dospets Comércio e Serviços para Animais Ltda., registrada desde 5 de dezembro de 2019.
A denúncia sugere que essa relação poderia, em tese, configurar um conflito de interesse, e cabe ao compliance do clube avaliar a situação. O São Paulo Futebol Clube afirmou estar à disposição para fornecer informações adicionais e esclarecimentos que o Ministério Público considerar necessários, sempre de forma transparente e em conformidade com os procedimentos legais.
Um dos tópicos importantes também diz respeito à utilização da base, com o clube decidindo pausar as conversas sobre a criação do FIP de Cotia, um fundo de investimentos destinado às categorias de base. Inicialmente, após apreciação pelo Conselho Administrativo, o FIP seria submetido à votação do Conselho Deliberativo. No entanto, as discussões foram interrompidas, e não há previsão para que elas sejam retomadas, uma vez que o clube tem outras prioridades no momento. O retorno dos debates sobre esse assunto será considerado somente após o final da temporada de 2025 e no planejamento do time para 2026.
É crucial ressaltar que o próximo ano também será eleitoral para o clube. O FIP de Cotia, que foi concebido em parceria com a gestora Galapagos Capital, pretende modernizar e fortalecer a base do São Paulo, buscando levantar pelo menos R$ 250 milhões. Desses, cerca de R$ 200 milhões seriam destinados a melhorias no centro de formação, enquanto os outros R$ 50 milhões teriam como objetivo aliviar uma parte das dívidas do clube. Entretanto, o projeto tem gerado divisões entre conselheiros e membros da diretoria, que manifestaram discordância em relação à sua administração.
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