A recente derrota sofrida pelo São Paulo para o Fluminense, que resultou em uma goleada, desencadeou uma série de mudanças significativas no clube paulista visando a temporada de 2026. Essa debacle levanta questões sobre a estrutura administrativa, com a saída do diretor de futebol Carlos Belmonte, assim como de seus adjuntos, Nelson Marques Ferreira e Fernando Bracalle Ambrogi, que deixaram seus cargos logo após o ocorrido. Em um movimento paralelo, 41 conselheiros do clube enviaram um manifesto exigindo a renúncia do atual presidente, Julio Casares.
Uma das prioridades para o próximo ano é a reformulação do setor médico da equipe, que foi pressionado por um alarmante número de 70 lesões durante a temporada de 2025. O clube está dedicando esforços para aprimorar essa área, a fim de aumentar o desempenho do time. "As mudanças que ocorrerão em diversas áreas, conforme já anunciado em etapas, também serão implementadas no futebol. Embora não possamos divulgar tudo neste momento, sabemos que precisamos avançar nessa direção", declarou Casares.
Com as recentes demissões, a responsabilidade pela gestão do futebol do São Paulo agora recai sobre o executivo Rui Costa e o coordenador Muricy Ramalho. Casares também enfatizou a importância do superintendente Marcio Carlomagno, que recebeu o título de “CEO” na nova estrutura. "A competência de Marcio será fundamental para o futuro do São Paulo e para o sucesso no próximo balanço financeiro", afirmou o presidente, ressaltando que sua habilidade na gestão de pessoas será crucial para a evolução do clube.
Casares tem intensificado seus esforços em reuniões visando captar recursos que sustentem as reformas planejadas. "A busca por investimento é algo que tenho abordado constantemente. É essencial a presença do presidente nessas conversas, pois é ele quem pode possibilitar a realização de investimentos em diversas formas. Após o encerramento do Brasileirão, tomaremos decisões sobre esses processos", acrescentou.
A goleada e as demissões aprofundaram as divisões políticas dentro do clube, com Belmonte sendo cogitado como candidato à presidência pela oposição em 2026. "Sobre Belmonte e as questões políticas, destaco que a coalizão à qual ele pertence já definiu um cronograma. A partir de março, em junho, escolheremos um nome. Ele tem liberdade para sua candidatura, e isso faz parte de um processo normal", concluiu Casares.
Os jogadores do São Paulo manifestaram seu descontentamento com a derrota, que certamente terá repercussões duradouras no ambiente do clube.