O São Paulo está enfrentando uma situação delicada após a denúncia de cantos homofóbicos durante o clássico contra o Corinthians, realizado no dia 19 de julho no Morumbi. A acusação, baseada em evidências apresentadas pelo rival, fez com que o clube se pronunciasse, buscando evitar penalizações severas que poderiam resultar em multas e suspensão.
Foi proposta uma série de medidas, incluindo um acordo com o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), pelo qual o São Paulo se comprometeria a realizar uma campanha de conscientização nas redes sociais. Essa iniciativa é similar à adotada pelo Palmeiras, que em um caso anterior viu um de seus atletas, Vitor Roque, ser multado por publicação de conteúdo considerado homofóbico.
A decisão do São Paulo de atuar preventivamente é uma tentativa de contornar as punições previstas no Código Brasileiro de Justiça Desportiva e no Regulamento Geral de Competições. O artigo 243-G do CBJD, que trata de atos discriminatórios, prevê penalidades que vão de uma suspensão de até 360 dias a multas que podem variar de R$ 100 a R$ 100 mil. Assim, a abordagem proativa pode ser uma estratégia eficaz para mitigar as consequências negativas para o clube.
Além disso, o artigo 135 do RGC reafirma a gravidade das infrações de cunho discriminatório, enfatizando sua importância no contexto esportivo. Essas regulamentações refletem o compromisso das instituições em erradicar comportamentos discriminatórios, garantindo um ambiente mais inclusivo para todos os torcedores e atletas.