O time mostrou bons momentos, mas também deixou claro que há ajustes importantes a fazer. Do planejamento físico até a parte tática, passando pela gestão do elenco e pelas lesões que atrapalharam o desempenho coletivo, o São Paulo precisará tirar lições sérias se quiser voltar ao protagonismo que a torcida tanto cobra.
Uma temporada de quase
O São Paulo chegou longe em algumas competições, mas sempre esbarrou no “quase”. No Paulistão, por exemplo, caiu na semifinal, ficando fora da grande decisão. Já na Libertadores, a eliminação nas quartas de final para a LDU do Equador deixou o torcedor frustrado, principalmente porque o time teve chances de garantir a classificação e não aproveitou.
Na Copa do Brasil, o roteiro não foi muito diferente. O Tricolor parou no Athletico-PR, em uma fase em que se esperava mais da equipe. E no Campeonato Brasileiro, a irregularidade se tornou marca registrada: o São Paulo passou boa parte do torneio em áreas intermediárias da tabela, longe tanto do rebaixamento quanto da briga pelo título.
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Falta de constância e problemas físicos
Um dos principais pontos negativos da temporada foi o alto número de lesões. Jogadores importantes, como Lucas, Oscar e Calleri, ficaram muito tempo fora de ação, o que prejudicou o entrosamento e obrigou o técnico a improvisar em várias partidas. Sem contar que o time perdeu força ofensiva e criatividade no meio-campo em momentos decisivos.
A falta de sequência desses atletas fez com que o São Paulo tivesse dificuldade para manter um padrão de jogo. Além disso, a preparação física pareceu não estar no mesmo nível dos rivais diretos. Em vários jogos, o time dava sinais de cansaço no segundo tempo, algo que precisa ser revisto para a próxima temporada.
Olhando para frente: o que esperar de 2026
O desempenho no Brasileirão vai ditar muito do que o São Paulo poderá planejar para 2026. Se conseguir terminar na parte de cima da tabela, o clube pode garantir vaga na Copa Libertadores ou, no mínimo, na Copa Sul-Americana.
Mas se o rendimento continuar oscilando, há o risco do time ficar fora das competições continentais e acabar disputando o novo torneio regional do Sul e Sudeste, recém-incluído pela CBF no calendário.
Essa nova competição pode ser interessante financeiramente, mas está longe de ser o objetivo principal de um clube do tamanho do São Paulo. A torcida espera mais, e o elenco precisa entregar mais. Para isso, será essencial montar um grupo equilibrado, com reposições à altura e uma preparação física mais eficiente.
Planejamento é a palavra-chave
Para o São Paulo voltar a disputar títulos, o segredo está no planejamento. O clube precisa definir bem seus objetivos, manter uma comissão técnica estável e investir em um elenco com peças que se encaixem dentro da ideia de jogo. Além disso, cuidar melhor da parte médica e da preparação física será fundamental para evitar que 2026 seja uma repetição dos mesmos problemas.
A diretoria também tem um papel importante: equilibrar as finanças sem deixar de reforçar o elenco. Jogadores experientes podem ser úteis, mas a base precisa continuar sendo aproveitada, como tem acontecido nos últimos anos.
O que o torcedor pode esperar
O torcedor do São Paulo é exigente, e com razão. Está acostumado com conquistas e quer ver o time novamente brigando por títulos grandes. A próxima temporada será uma chance de reconstruir a confiança e mostrar que o clube aprendeu com os erros.
Se o time conseguir resolver os problemas físicos, encontrar uma forma de jogo consistente e encerrar o Brasileirão com moral, o 2026 pode ser bem diferente. E, quem sabe, o Tricolor volte a disputar taças e a dar alegrias à sua imensa torcida.
O São Paulo tem história, estrutura e talento para isso. Falta apenas transformar as lições de 2025 em combustível para uma nova fase de sucesso.
