Coordenador médico do São Paulo reconhece alta taxa de lesões em partidas

O recente jogo entre São Paulo e Grêmio, que resultou em uma derrota de 2 a 0 para os paulistas, trouxe à tona preocupações sobre a saúde dos jogadores e a quantidade de lesões durante as partidas. Um dos principais incidentes foi a lesão do lateral-esquerdo Wendell, que precisou ser substituído apenas aos 11 minutos do primeiro tempo. Essa situação destaca uma estatística preocupante revelada pelo coordenador do departamento de Saúde e Performance do clube, Felipe Marques, durante o painel "Sport Integrity & Innovation Summit" em 10 de outubro.

Segundo Felipe, o São Paulo está enfrentando um número de lesões em partidas que supera a média estabelecida pela UEFA, que é de 23,8 lesões a cada mil horas jogadas. No caso do São Paulo, a incidência está em 32, o que é considerado alarmante. Em contraste, os números de lesões durante os treinos mostram uma média muito mais baixa, com apenas 0,9 em 2025 e variando entre 2,1 e 4,0 nos anos anteriores.

Felipe Marques enfatizou que os números absolutos de lesões não devem ser a única métrica utilizada, uma vez que o tamanho dos elencos e a quantidade de treinos e jogos variam. Ao dividir o número de lesões pela exposição, que é o total de horas de treino ou jogo, é possível obter uma visão mais clara sobre a situação. Essa abordagem ajuda a evitar distorções na interpretação dos dados e permite comparações mais justas com outras equipes.

Além disso, Marques deixou claro que não se deve responsabilizar o departamento médico pelas lesões dos jogadores. O foco deve ser na eficiência do tempo de recuperação e na taxa de reincidência das lesões. As cobranças devem ser construtivas, visando melhorar os processos e entender o que pode estar contribuindo para o aumento das lesões, tanto em treinos quanto em partidas.

Recentemente, durante o período da Data FIFA, o São Paulo também enfrentou problemas clínicos com cinco jogadores apresentando diferentes lesões, como Oscar, que sofreu com uma lesão na panturrilha esquerda e Cédric Soares, que sofreu uma fratura no dedão do pé direito. Situações como essa reforçam a importância da análise contínua e da intervenção adequada para mitigar o número de lesões na equipe.