Grafite, comentarista atual e ex-atacante do São Paulo, é lembrado como um dos grandes nomes da história do clube paulista. O jogador, que conquistou diversos títulos importantes, revelou que sua trajetória poderia ter tomado um rumo diferente, possivelmente em um time rival. Após uma experiência de oito meses no futebol da Coreia do Sul, Grafite retornou ao Brasil e se destacou no Goiás em 2003. Suas boas atuações atraíram a atenção de grandes clubes, como Santos, Bahia, Fluminense e São Paulo. Apesar de ter um desejo inicial de jogar no Santos, por conta da influência de seu pai, a história tomou outro rumo quando recebeu uma proposta do Tricolor. Ele recorda: “Meu pai é santista, o time tinha Robinho e Diego voando, e falei para o meu empresário dar preferência ao Santos. Mas, no final, o Juvenal foi decisivo, e desde a infância eu era Tricolor.”
No São Paulo, Grafite conquistou o Campeonato Paulista, a Libertadores e o Mundial de Clubes, mas um episódio marcante em sua carreira ocorreu durante uma partida contra o Juventus, onde ele fez dois gols que acabaram contribuindo para o rebaixamento do Corinthians, principal rival do Tricolor. “Era um elenco novo, mas chegamos à semifinal do Paulista de 2004. Nesse campeonato, os torcedores diziam: ‘Você salvou o Corinthians’. No começo, a torcida começou a pegar no meu pé, mas depois as coisas melhoraram e tudo saiu como planejado. Curiosamente, há momentos em que chego à capital e torcedores corintianos me agradecem por isso,” declarou Grafite.
Um dos grandes marcos da carreira de Grafite foi sua participação na Copa do Mundo de 2010, enquanto defendia o Wolfsburg, da Alemanha. No entanto, a sua experiência na competição não foi como ele esperava. O jogador comentou que um incidente com o técnico Dunga durante o torneio acabou prejudicando suas chances de atuar mais. “No jogo contra Portugal, Dunga me pediu para jogar pelos lados, mas fiz uma jogada pelo meio e quase consegui uma assistência. Ele ficou irritado com isso. Depois, durante uma apresentação, percebi que a crítica dele se referia a mim. A partir daí, as coisas não correram bem, e eu não joguei mais. Apesar disso, não guardo ressentimentos e sou muito grato ao Dunga,” finalizou o ex-atacante.