Depois de perder a vaga na final do Campeonato Paulista para o Santos, o São Paulo terá um dia difícil nesta segunda-feira, dia 19 de abril, no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP). Os jogadores Marlos e André Luis; o preparador físico, Carlinhos Neves; e o próprio clube, serão julgados por infrações cometidas no Campeonato Paulista. Para o julgamento, a defesa do São Paulo levará provas de vídeo e ainda ficou surpresa com a denúncia do zagueiro.


“Vamos levar a prova de vídeo para mostrar que o lance do Marlos fica claro que ele não fez nada. No caso do André Luis, não imaginava que fosse denunciado por aquele lance, ainda mais depois de um certo tempo”, explicou o advogado do clube, Roberto Armelin, ao site Justicadesportiva.com.br

Como André Luiz já foi alvo de polêmicas envolvendo a Justiça Desportiva, a defesa espera que isso não seja levado em consideração. “Espero que ele seja julgado pelo lance em si e não pelo o que cometeu passado”, disse. O zagueiro quando defendia o Botafogo aplicou cartão para o árbitro chileno Carlos Chandía, na Copa Sul-Americana, e, antes disso, no Campeonato Brasileiro, se envolveu na guerra dos Aflitos, em 2008, e hostilizou a Polícia Militar de Pernambuco.

Marlos e André Luis não estão no mesmo processo. O primeiro jogador foi expulso no clássico com o Santos, válido pela semifinal do Paulistão. No relato da súmula afirmava que, aos 27 minutos do primeiro tempo, Marlos recebera o primeiro cartão amarelo depois de calçar um adversário. Seis minutos depois, o meia foi novamente advertido com o amarelo, desta vez por ter atingido o santista Robinho com um chute na perna, na disputa de bola, sendo expulso de campo. Por conta disso, foi denunciado por praticar jogada violenta (artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e pode pegar o gancho de uma a seis partidas.

Já André Luis foi denunciado através de prova de vídeo, por possível infração cometida no jogo contra o Bragantino, no dia 24 de março. Ele foi denunciado por praticar ato desleal, artigo 250 do CBJD, por dar uma leve cabeçada em seu adversário, e pode pegar até três jogos de suspensão.

Mais problemas para o São Paulo:

Além dos jogadores, o preparador físico Carlinhos Neves será outro são-paulino a sentar no banco dos réus. O integrante da comissão técnica foi expulso no intervalo da partida contra o Santos por dirigir-se ao árbitro, dizendo: “Quero ver se vai ter o mesmo rigor com a equipe adversária no segundo tempo”. Assim, responderá por “atitude contrária a ética desportiva, desrespeitando membros da equipe de arbitragem”, como prevê o artigo 258, § 2º, inciso II, do CBJD. A pena é de uma a seis partidas fora do banco de reservas.

O clube também será reú no mesmo processo. Com partida marcada para ter início às 16h, os jogadores deveriam estar no gramado até às 15h52, mas isso só aconteceu três minutos depois, configurando o atraso. Assim, o clube responderá ao artigo 206 (dar causa ao atraso do início da realização de partida, prova ou equivalente, ou deixar de apresentar a sua equipe em campo até a hora marcada para o início ou reinício da partida, prova ou equivalente), combinado com o artigo 30 § 2° do Regulamento Geral das Competições. A pena é de multa que pode variar entre R$ 100 e R$ 1 mil.