Às vésperas da aguardada decisão entre Corinthians e Palmeiras, a Federação Paulista de Futebol (FPF) reconheceu, em um ofício enviado ao presidente do São Paulo Futebol Clube, que o lance que resultou na desclassificação do Tricolor na semifinal foi um erro. O documento, assinado por Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, admite que o árbitro de campo deveria ter revisado a jogada no VAR, classificando a penalidade como equivocada.

A carta da FPF foi uma resposta ao ofício datado do dia 11, no qual o São Paulo ameaçava não escalar seus principais jogadores no Campeonato Paulista de 2026. Diante da falta de uma resposta rápida, o presidente Julio Casares chegou a manifestar que o clube estava sendo tratado com desprezo pela entidade. Na nota, a FPF reafirma a integridade dos árbitros Flávio Rodrigues de Souza e Rodrigo Guarizo do Amaral, responsáveis pela partida, enfatizando que os erros são uma realidade da profissão.

A Federação também se comprometeu a investir em melhorias na arbitragem, afirmando que, em 2024, um montante de R$ 6,5 milhões será destinado à formação e desenvolvimento de árbitros. A nota destaca a importância da qualificação contínua e do protagonismo dos atletas nas partidas, além da disposição da FPF em ouvir críticas e trabalhar em conjunto com os clubes para resolver problemas.

A FPF valoriza o papel do São Paulo no futebol paulista, ressaltando que todos os clubes têm voz ativa na definição das regras da competição. Em um contexto onde o Paulistão é visto como um torneio que gera intensa rivalidade e engaja milhões de torcedores, a entidade se mostrou disposta a colaborar na construção de soluções que evitem recorrências de equívocos. A carta finaliza com um pedido de desculpas ao goleiro Rafael, reiterando que sua menção não foi correta e que não se deve atribuir a responsabilidade do lance do pênalti a ele.