Rogério Ceni, técnico do São Paulo, na partida contra o Atlético-GO
Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

O São Paulo tem dois jogos para tirar a diferença de um ponto de Galo e América e garantir um lugar no G-8.



Caso não consiga, dificilmente Rogério Ceni continuará como treinador. Será demitido ou pedirá demissão.

E, realmente, seu trabalho poderá ser considerado fraco. O elenco do São Paulo é bom e ficar entre os seis primeiros do Brasileiro seria o mínimo.
Mesmo assim, considero um erro a sua demissão.

Primeiramente, porque ele teve contrato reformado até o final de 2023 e o clube, quebrado, não tem condições de arcar com mais uma multa.

E, se estiver fora da Libertadores, o São Paulo precisa diminuir a folha salarial. Precisa abrir mão de alguns jogadores que recebem muito e são reservas.

Precisa, enfim, de um time mais modesto, pelo menos no primeiro semestre.

E que treinador vai querer comandar um time mais fraco que o atual?

Rogério Ceni é um treinador novo. Tem títulos na carreira, mas tem falhas também. Pode e deve evoluir. Pode ser o homem ideal para comandar a renovação necessária.



Mudar agora, mesmo ele tendo fracassado na missão de ficar entre os seis primeiros, é arriscado.

E risco é o que o clube menos precisa agora. Ter os pés no chão é fundamental. E pagar a dívida com jogadores é o primeiro passo.

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