Imagem: Thiago Braga / UOL
O dia seguinte à derrota do São Paulo para o Independiente del Valle, do Equador, foi de lamentações para os torcedores são-paulinos que saíram do Brasil para acompanhar o time na Argentina. A vitória dos equatorianos por 2 a 0 foi um choque de realidade, em especial pela forma como o time se comportou em campo, tendo sido dominado pelo Del Valle em quase toda a partida.
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"É diferente de outras derrotas em que você sai bravo. O sentimento é de tristeza e decepção pela derrota, mas por outro lado a experiência foi legal, conhecer várias pessoas que estavam na mesma situação. Eu esperava que o São Paulo competisse um pouco mais. Diferentemente de outras derrotas no ano, em que o time jogou bem, esse foi um jogo que a gente não conseguiu jogar. O segundo gol prova isso, um baita golaço. Espero que o Rogério não saia, porque após as derrotas ele fica com esse papo na coletiva, de que a permanência não é certa. Acho que isso vem um pouco do sentimento do torcedor, tenho certeza que ele sente muito a derrota. Mas o caminho não é ele sair, tem de levantar a cabeça, trabalhar. Apesar de tudo, foi legal", resumiu Victor Campos, 24, consultor, que estava desolado em um restaurante de Córdoba.
O que mais incomodou os tricolores que foram até a Argentina, além da apatia do time em campo, foi o fato de parecer que o clube não consegue encontrar soluções para voltar a competir de igual para igual com outros times em diversos momentos. Para Victor, isso se deve aos problemas de gestão do clube.
"O São Paulo começou a se afundar quando o Juvenal Juvêncio conseguiu o terceiro mandato. Enquanto alguns rivais se organizam financeiramente ou começam a falar sobre SAF, a gente fica com o mesmo grupo de mandatários, com um projeto de poder estranho, dando muito poder para o social. O desempenho depende muito mais do técnico, dos jogadores e da torcida do que da diretoria", pontuou o torcedor.
Embora o desempenho em campo não tenha sido o melhor, os torcedores tricolores seguem pedindo a permanência de Rogério Ceni no comando do time.
"Não chega a ser luto, até por todo perrengue que a gente passou para chegar. Eu fui até Santiago, no Chile, e depois vim para Córdoba. A instituição está em um momento muito difícil. O presidente parece mais focado em se manter no poder. E sobre o time, acho que tem que manter o Rogério, ele trouxe um time mais competitivo, acho que tem de manter. Tem de disputar finais, a saída é essa. E renovar o elenco. Jogadores que ganham muito deveriam sair e apostar mais nas categorias de base", afirmou o publicitário Juan Diaz, 24.
Desde os primeiros minutos deu para perceber que o Del Valle era superior ao São Paulo. Antes de o time equatoriano marcar o primeiro gol, com Lautaro Díaz, aos 13 minutos, Felipe Alves já tinha salvado o Tricolor. E depois, seguiu ameaçando o gol tricolor, incluindo um chute de Sornoza que acertou a trave.
"É como uma ressaca. Achando que dava para ter ganhado. Não jogou nada, não foi o São Paulo que jogou a maior parte da competição. A temporada seria outra com esse título. O futuro é ter o Rogério no clube, que é um cara que ama o clube. Porque depender de quem comanda o clube, eles só ligam para eles. Tem de separar o clube da parte social. Se não fizer isso, não tem jeito. Se a gente tem alguma chance de dar certo é nas mãos do Rogério Ceni, porque ele é um torcedor como a gente", finalizou a influencer digital Bianca Góes, 24.
O São Paulo agora volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro. Na próxima quinta-feira (6), o time enfrenta o América-MG, às 20h, no estádio Independência, em Belo Horizonte.
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