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Opinião: culpa de nova frustração do São Paulo tem que ser dividida entre técnico e jogadores

Jandrei lamenta o gol de virada do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

A derrota de virada do São Paulo para o Palmeiras na última segunda-feira, pelo Brasileirão, não tem um único culpado. Todos do clube têm uma parcela de responsabilidade. E juntar os cacos para a próxima quinta-feira, às 20h, diante do mesmo rival, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, será um enorme desafio.



Rogério Ceni, em entrevista coletiva, afirmou que o plano de jogo foi feito da forma correta e justificou os dois gols em desatenções na bola parada nos acréscimos. O treinador, porém, não citou que o São Paulo abdicou de atacar e chamou o Palmeiras para o seu campo durante o segundo tempo.


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Após um bom primeiro tempo, com muitas chances criadas, a equipe comandada pelo treinador voltou para a etapa final com outra postura. Se nos primeiros 45 minutos conseguiu tocar a bola e criar jogadas (méritos de Ceni e jogadores), nos últimos 45 se viu encaixotado.

A solução foi lançar bolas longas para Calleri brigar.

A tática estava dando certo, e o São Paulo conseguia segurar o ímpeto alviverde. Aos 37 minutos, porém, Ceni fez duas alterações que bagunçaram o sistema: tirou Rodrigo Nestor e colocou Rigoni, e promoveu a entrada de Eder no lugar de Calleri.

Neste momento, a culpa inicial das mexidas confusas de Ceni foi dividida com os jogadores. Faltou atenção da zaga, principalmente de Miranda – que havia entrado em campo três minutos antes para aumentar a estatura da defesa – para não deixar Gustavo Gómez livre na segunda trave.

O zagueiro palmeirense parecia estar em um treino de finalização sem marcação. Mesmo com sete são-paulinos dentro da área, o paraguaio não precisou nem pular tanto para cabecear e empatar o confronto.

Restava ao São Paulo, então, segurar mais alguns minutos para levar um ponto, que já seria frustrante por ter chegado tão perto da vitória. Mais aí apareceu outro problema do grupo: o abalo emocional.

O atual elenco do São Paulo já deu algumas demonstrações de como perde facilmente a concentração em momentos cruciais e fica totalmente vulnerável. Foi assim na briga contra o rebaixamento do Brasileirão no ano passado, na final do Paulistão deste ano, também contra o Palmeiras, e até mesmo nos jogos fora de casa nesta temporada.

E diante de todo esse cenário de vulnerabilidade a virada, que parecia pouco provável, aconteceu. Aos 50 minutos, mais uma bola aérea que a zaga não cortou. Murilo apareceu e fez os mais de 31 mil torcedores presentes no Morumbi se calarem.

O jogo da última segunda-feira escancarou as vulnerabilidades de um São Paulo desequilibrado, que tem poucas opções no banco de reservas e que tem sofrido com as ausências por lesão. No clássico foram oito desfalques por problemas médicos.

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Todos os fatores somados fazem o jogo da próxima quinta, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o mesmo Palmeiras, se tornar de enorme risco.

O elenco terá menos de três dias para juntar os cacos ou "lamber as feridas", como citou o meia Patrick, para não piorar um clima que já não é dos melhores. Os cantos de "time sem vergonha" ao final do confronto deram o termômetro do que está por vir.



Rogério Ceni já deixou claro inúmeras vezes que o Brasileirão é a prioridade, mas jogar com dignidade na quinta, pela Copa do Brasil, pode acalmar os ânimos em um momento instável.

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