Foi a sétima vez em que o São Paulo abriu o placar na etapa inicial de uma partida e entregou os três pontos no segundo tempo. Só que contra o Palmeiras, o tropeço veio com requintes de crueldade: dois gols de cabeça dos zagueiros rivais em cobranças de escanteio, já com o tempo regulamentar encerrado.
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Quando se olha para o decorrer do jogo, a análise de Rogério Ceni faz certo sentido: o time estudou o jogo, as alterações foram feitas conforme as necessidades (jogadores cansados ou com amarelo), há alto número de desfalques (oito machucados)...
Mas o são-paulino depois do tropeço histórico desta segunda no Morumbi parece longe de querer aceitar mais teorias. Ele quer ver prática. De quem é a culpa Ceni? Do departamento médico, recentemente envolto em polêmicas com um ex-funcionário do clube? Dos preparadores físicos? Sua mesmo?
Vejamos contra o Palmeiras... Aos 16 do segundo tempo saíram Igor Vinícius e Gabriel Neves para as entradas de Rafinha e Pablo Maia. Ambos estavam bem na etapa inicial, participaram da anulação total do jogo do rival e saíram elogiados. Segundo Ceni, estavam pendurados pelo cartão amarelo recebido e corriam risco de serem expulsos.
Resposta válida.
Mas daí a coisa decaiu. Ceni tirou Calleri, alegando que o camisa 9 estava esgotado fisicamente, e deixou Patrick morto em campo. Rodrigo Nestor saiu, único volante de contenção, para a entrada de Rigoni. E a mais polêmica no final: Miranda entrou no lugar de Reinaldo para reforçar a retranca no final do jogo. Acabou vendo os dois gols palmeirenses de camarote.
As substituições de Ceni já haviam sido cornetadas no clássico ante o Corinthians. Voltaram com força hoje. O treinador precisa encontrar uma solução. Um caminho. Só assim para não repetir 2017. Na sua primeira passagem pelo Morumbi no banco de reservas, o treinador viu o trabalho degringolar após duas eliminações em copas e saiu com o Tricolor lutando em posições intermediárias da tabela. Quinta-feira (23) pega de novo o Palmeiras, no mesmo Morumbi, pela Copa do Brasil. É hora de mudar essa história.
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