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Os bastidores da queda de braço que abriu final Palmeiras x São Paulo

Julio Casares, presidente do São Paulo, se posicionou ainda no domingo — Foto: Marcos Ribolli

A decisão do Campeonato Paulista começou minutos depois de confirmado o duelo entre São Paulo e Palmeiras, que entram em campo para o primeiro jogo somente na quarta-feira, às 21h40 (de Brasília), no Morumbi. Desde o domingo, porém, uma disputa de bastidores envolvendo as duas diretorias esquentou o clima para a final.



A polêmica recaiu sobre o segundo jogo da decisão, confirmado para domingo, 16h, no Allianz Parque. As três partes (Palmeiras, São Paulo e Federação Paulista) se reuniram na manhã de segunda-feira e tiveram um encontro virtual cordial para tratar do assunto.


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O Palmeiras, diante do show da banda Maroon 5 na outra terça-feira, tentou adiantar o jogo para sábado, situação vetada imediatamente pelo São Paulo. A discussão se estendeu até a reunião técnica desta segunda-feira e terminou no início da tarde, com a confirmação do jogo na casa palmeirense.

No Palmeiras, há quem entenda que a confirmação do mando da segunda partida da final do Paulistão no Allianz Parque foi uma demonstração de força da presidente Leila Pereira e uma vitória para o clube alviverde.

Ao mesmo tempo, pelo lado do São Paulo, a manutenção da partida no domingo atende aos desejos do clube. A pressão começou ainda no domingo, pouco depois da classificação, e teve o presidente Julio Casares como protagonista.


– Eu ouvi comentários que poderia ser mudado o jogo de domingo. A hipótese não existe. O que existe é a tabela, que diz que é um jogo na quarta e outro no domingo. Nós vamos cumprir. Fizemos todo o planejamento em cima disso. Portanto, um jogo é quarta e o outro é domingo. Domingo é o dia nobre do futebol – comentou o presidente são-paulino, na ocasião.

O São Paulo não se posicionou contra o fato de atuar como visitante no segundo jogo, algo previsto em regulamento pela melhor campanha do Palmeiras. Inclusive, houve uma sugestão do presidente Julio Casares para chegar à solução.

Durante a reunião de segunda-feira, o dirigente relembrou que o Morumbi recebeu partidas com um palco armado atrás de um dos gols, situação que o Allianz Parque deve apresentar no jogo de domingo.

Desde o domingo, o Verdão se manifestou oficialmente por meio de suas redes sociais com declarações da dirigente brigando pelos direitos conquistados em campo pela equipe de Abel Ferreira. A melhor campanha dá aos palmeirenses o direito de decidir os mata-matas em casa.

Como não houve entendimento com o São Paulo sobre a partida ser realizada no sábado, Leila Pereira precisou negociar diretamente com a WTorre para que a arena pudesse receber a partida no domingo.

Nos bastidores, há quem entenda que faltou boa vontade ao adversário, já que as duas equipes terão o mesmo tempo de preparação entre os dois jogos da final. Na reunião da FPF, a dirigente questionou os motivos para a não realização da partida no sábado e não teve resposta.

Pelo lado Tricolor, o veto ao adiantamento do jogo para sábado se justificava pelo dia a menos de descanso na comparação ao Palmeiras, que jogou a semifinal no sábado.

A solução dos palmeirenses foi encontrar uma alternativa rápida para evitar a transferência de mando para outro estádio, o que também foi destacado por pessoas do clube.

Ao anunciar o acordo para a realização da partida no Allianz Parque, Leila Pereira deu um recado ao São Paulo, mesmo que indiretamente, quando afirmou que "não podemos mais aceitar que os nossos dirigentes continuem a adotar posturas individualistas''.



Publicamente, o São Paulo se esquivou de alimentar o clima ruim e evitou qualquer pronunciamento sobre o assunto. A confirmação do jogo no domingo bastou para o clube se sentir satisfeito em relação a essa disputa de bastidor. No fim, os dois lados saíram satisfeitos.

A aproximação do clube com o torcedor foi uma das principais ideias defendidas por Leila Pereira durante sua campanha. No Paulistão de 2022, o clube decidiu por reduzir o preço dos ingressos e agora conseguiu uma forma de fazer o Allianz Parque estar apto a receber a decisão sem alterar o calendário de shows da arena.

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Comentários (1)
29/03/2022 09:25:27 lobachevsky

O segundo jogo vai ser no domingo, não importa o estádio.

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