“Acho que os dois lados falharam. O São Paulo, quando contratou o Daniel, na verdade não tinha condições de tê-lo, porque o salário é altíssimo e o clube não tinha condição, como ficou demonstrado. O cara vai lá, trabalha duro todo dia, joga. Então, tem que receber. Acumulou muito a dívida com ele. Nisso, ele tem razão”, disse Muricy.
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Liberado pelo São Paulo, Daniel Alves disputou as Olimpíadas de Tóquio pela Seleção Brasileira e, após o torneio, avisou a diretoria que não se reapresentaria até o equacionamento da dívida, estimada em cerca de R$ 18 milhões. O São Paulo, então, decidiu afastar o lateral direito.
“O que não foi legal e acho que ele até reconheceu foi depois da Olimpíada. O São Paulo não fez, por exemplo, o que o Flamengo fez com o Pedro. A gente viu o lado dele. Foi para as Olimpíadas, foi campeão. As declarações não caíram bem. Não só para nós, da diretoria, mas para a torcida. Porque a gente facilitou a ida dele”, disse Muricy.
“Não criamos nenhum problema, como poderíamos criar, porque era um jogador muito importante para nós. Não fizemos isso e respeitamos o sonho dele. Receber aquelas palavras foi duro demais. Acho que ele até se arrependeu disso, porque não foi legal”, acrescentou.
Ganhador do Campeonato Paulista pelo time de coração, Daniel Alves acertou a rescisão no último dia 16 de setembro e deixou o clube 15 meses antes do previsto. Aos 38 anos de idade, o experiente lateral direito ainda não definiu seu próximo destino na carreira.
Muricy, saída, Daniel Alves, São Paulo
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