No UOL News Esporte, José Trajano lamenta que exista esta divisão, critica a quantidade de torcedores no jogo pela Copa do Brasil e também a forma como o Flamengo tem tratado o assunto, citando também a ligação política dos dirigentes rubro-negros com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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"É uma vergonha o que está acontecendo, virou bagunça, os times estão revoltados com o Flamengo, evento-teste para 24 mil pessoas? Eu sou totalmente contra. Evento-teste poderia até acontecer, que reduzisse o número de torcedores, porque a gente sempre fala, não é no estádio só o problema, é a ida para o estádio, é a ida de metrô, de trem, de ônibus, é aglomeração na porta do estádio, é na hora de ir ao banheiro, na hora de comprar um sanduíche, tudo isso junto é complicado você juntando ali 24 mil pessoas", diz Trajano.
"O Flamengo não é de hoje que é um time que reina contra a maré e a favor do presidente da República, anda de braços dados com a presidência, é amigo do 'Capitão Corona', e o que está em jogo não é o Flamengo, não são os 19 times, não é a Copa do Brasil, não é o Brasileiro, o que está em jogo é a vigilância sanitária, o que está em jogo é que nós estamos vivendo uma pandemia ainda, o que está em jogo é que tem aí a variante delta e os cuidados têm que ser tomados, então, sou contra levar e parece que é uma trajetória que leva 24 mil agora, no jogo de domingo já seria mais gente e no outro, da Libertadores, mais ainda. É um absurdo que isso aconteça", completa.
O jornalista afirma que no jogo da Copa do Brasil o confronto já está resolvido com a vantagem do Flamengo por ter vencido a primeira partida em Porto Alegre por 4 a 0, mas questiona a falta de isonomia pelo fato de o Grêmio não ter contado com os seus torcedores e o privilégio que é obtido pelo Rubro-negro.
"Tem outro problema, é aquela isonomia. Por que o outro jogou sem torcida e esse aqui vai jogar com torcida em um confronto de dois times? Esse jogo de hoje já está resolvido, sem torcida ou com torcida, dentro de campo, 4 a 0, não tem como reverter, o Grêmio deixou até alguns titulares lá em Porto Alegre, porque está mais preocupado com o jogo de domingo pelo Campeonato Brasileiro, porque está lá ameaçado de ser rebaixado, reverter o resultado da Copa do Brasil é praticamente impossível", diz Trajano.
"Agora, o que os clubes estão reclamando é por que esse privilégio para o Flamengo de ter torcida? E é a maior torcida do país. Então, é complicado, muito complicado, a gente não sabe fazer as coisas, não sabe fazer a lição de casa. Em vez de resolver o problema com calma, com tranquilidade, estamos trazendo mais um problema para o futebol brasileiro e o convívio com o vírus, o convívio com a variante delta", conclui.
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