Jogadores do São Paulo antes do duelo contra o Palmeiras — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Deixando de lado (pelo menos aqui nesta análise) as inúmeras polêmicas do clássico entre São Paulo x Palmeiras, no último sábado, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Tricolor mostrou mais uma vez que contra o rival alviverde a vaga nas semifinais da Libertadores é muito possível.



Os times se enfrentam pela competição continental, pelas quartas de final, nos dias 10, no Morumbi, e 17 de agosto, no Allianz Parque, mas o empate por 0 a 0 no sábado serviu como uma espécie de esquenta do que pode vir a acontecer em um dos clássicos mais importantes da história dos clubes.


LEIA TAMBÉM: São Paulo corre contra o tempo para ter "camisa 9" na Libertadores


E o São Paulo sai mais uma vez fortalecido do combate. O time comandado por Hernán Crespo ainda não perdeu para o Palmeiras de Abel Ferreira na temporada. Foram quatro encontros, com dois empates e duas vitórias para o Tricolor, que neste recorte ainda foi campeão do Paulistão sobre o rival.

A estatística poderia ser ainda melhor após o jogo do Brasileirão. O São Paulo empatou, mas merecia a vitória por tudo que fez nos 90 minutos. Crespo começou o jogo com uma escalação pouco habitual, adotando uma linha de quatro na defesa, com Miranda e Léo como os únicos zagueiros.

A estratégia deu certo, e o Palmeiras pouco conseguiu criar. O meio de campo tricolor praticamente anulou os meias Gustavo Scarpa e Raphael Veiga, fazendo com que as bolas não chegassem limpas para os atacantes do time alviverde.

No ataque, por sua vez, o São Paulo teve volume de jogo, principalmente com as boas investidas de Emiliano Rigoni e Marquinhos, e empilhou chances. No primeiro tempo, Rigoni fez um gol, anulado por impedimento, e Marquinhos sofreu um pênalti que logo depois foi cancelado em revisão do VAR.

Enquanto isso, o Palmeiras tentava sair no contra-ataque e tinha pouco sucesso em suas investidas. Parecia uma reprise de todos os outros duelos que as equipes tiveram na temporada. O São Paulo nunca esteve ameaçado.

O segundo tempo continuou da mesma forma, mas com o agravante que logo aos 12 minutos o São Paulo perdeu Marquinhos por uma forte dor no músculo posterior da coxa esquerda. Nada disso, porém, abalou a confiança da equipe.

Aos 43 minutos da etapa final, o São Paulo fez mais um, em gol contra de Gustavo Gómez, e novamente a arbitragem interferiu. No entendimento do árbitro Luiz Flavio de Oliveira e do VAR, Miranda estava impedido no lance e participou da jogada, interferindo a tomada de decisão do jogador palmeirense.

Era para o São Paulo ter saído Morumbi com uma vitória de pelo menos dois gols e uma tranquilidade a mais para a sequência do Campeonato Brasileiro. Conseguiu apenas um ponto, mas talvez tenha conquistado algo mais importante: a certeza que pode bater de frente com o última campeão da América.

Crespo evitou falar na coletiva se o jogo poderia servir para os duelos que tem pela frente. Ele preferiu citar que ainda há dois jogos antes da partida de ida e que até lá muita coisa pode acontecer.



Ele está coberto de razão, afinal o São Paulo tem pelo menos seis titulares que não atuaram neste sábado e devem estar à disposição no dia 10. Por outro lado, tem que tomar cuidado para não perder mais gente com as lesões, que tem se tornado uma rotina.

O empate tirou ao menos momentaneamente o Tricolor da zona de rebaixamento. É preciso que o Sport e o América-MG tenham resultados ruins na rodada.

Análise, Tricolor, Palmeiras, duelos, Libertadores