Bicampeão brasileiro em 2007 e 2008, além de decisivo na luta contra o rebaixamento em 2017, o Profeta aceitou voltar ao clube no início de 2019 pelo sonho de tirar o time da fila, preferencialmente com o título da Conmebol Libertadores. A torcida aprovou em peso o retorno, esperando o mesmo jogador decisivo de outros tempos.
Ninguém discute o tamanho e a importância de Hernanes no São Paulo. Mas é fato que a história vive seus últimos momentos. Em negociação para rescindir o contrato com o clube e seguir carreira em outro lugar, o ídolo colocará fim a uma terceira passagem frustrante pelo Morumbi.
Bicampeão brasileiro em 2007 e 2008, além de decisivo na luta contra o rebaixamento em 2017, o Profeta aceitou voltar ao clube no início de 2019 pelo sonho de tirar o time da fila, preferencialmente com o título da Conmebol Libertadores. A torcida aprovou em peso o retorno, esperando o mesmo jogador decisivo de outros tempos.
Müller é um exemplo.
Um dos símbolos dos "Menudos" dos anos 80, o atacante defendeu o clube de 1984 a 1988, quando foi campeão brasileiro e paulista. Voltou em 1991 para brilhar na geração de Zetti, Cafu e Raí, bicampeã paulista, mundial e da Libertadores sob comando de Telê Santana, até sair de novo em 1994.
O ídolo retornou em 1996, após ser campeão paulista pelo Palmeiras. Estreou com pompa, em uma vitória por 3 a 0 sobre o Real Madrid, em amistoso no Pacaembu, mas não conseguiu ser nem de longe o das passagens anteriores, apesar dos 14 gols em um semestre.
Ficou mais marcado por ter colaborado com a queda de Carlos Alberto Parreira do que por liderar uma equipe sem o mesmo brilhantismo de outros tempos. Müller deu adeus definitivo no fim do ano para defender o Santos.
Em 2001, outro ídolo da geração vitoriosa de Telê topou voltar ao São Paulo: Leonardo.
De saída do Milan, o meio-campista aceitou a proposta do presidente Paulo Amaral para ser o líder de um time que já tinha Rogério Ceni, França e dois jovens em início de carreira: Kaká e Luis Fabiano.
Nem de longe conseguiu repetir as passagens de 1991, quando foi lateral-esquerdo do time campeão brasileiro, e de 1993/94, já como camisa 10 da equipe campeã mundial no Japão. Foi capitão da equipe, mas conviveu com lesões, terminou o Brasileirão na reserva e rescindiu contrato para atuar o Flamengo em 2002. Sequer fez gols nesse retorno.
Dez anos depois, foi a vez de Luis Fabiano viver a experiência.
O atacante, que já havia atuado com a camisa são-paulina em 2001 e de 2002 a 2004, onde viveu uma das grandes fases de sua carreira, o Fabuloso voltou em 2011, comprado do Sevilla e apresentado para quase 50 mil pessoas no Morumbi.
É verdade que, nos mais de quatro anos que duraram a última passagem, o artilheiro teve bons momentos. Foi, por exemplo, artilheiro na temporada 2012, com 31 gols, a mesma em que acabou expulso na primeira partida da final da Copa Sul-Americana, o que o deixou fora da decisão pelo título no Morumbi.
A expulsão contra o Tigre foi um dos momentos ruins. Luis Fabiano também desperdiçou pênaltis importantes, como na semifinal do Paulistão de 2013, contra o Corinthians, e nas oitavas da Libertadores de 2015, contra o Cruzeiro. Acumulou lesões e acabou na reserva de nomes como Aloísio, Alexandre Pato e Alan Kardec.
Nem tudo aconteceu com Hernanes, mas alguns momentos foram semelhantes. Perto de encerrar a passagem pelo São Paulo, o Profeta também pode levar um aspecto positivo: Müller, Leonardo e Luis Fabiano seguem idolatrados até hoje. Algo que certamente acontecerá com o meio-campista, dono de 330 partidas com a camisa tricolor.
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