O São Paulo conheceu sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro no último sábado, diante do Atlético-GO, por 2 a 0, com o goleiro Tiago Volpi tomando um gol de cobertura de João Paulo, quando o time já perdia por 1 a 0 e numa bola na qual Galeano havia recebido um passe do próprio goleiro enquanto estava sob pressão.



No podcast Posse de Bola #132, Mauro Cezar Pereira comenta a participação do goleiro e mais um erro cometido desta forma pelo titular do gol são-paulino, em lance que lembrou gols sofridos durante a passagem do técnico Fernando Diniz pelo clube do Morumbi.

"Para mim um erro terrível de novo do goleiro Tiago Volpi, que eu acho um goleiro que quando ele erra, ele erra com gosto. Ele sai jogando errado, aí ele sai do gol, parece que percebe a bobagem que faz, aí se apresenta para tentar dar opção para o rapaz, o Galeano, que estava encalacrado ali, sem saber o que fazer. E ele fica fora do gol, ele tinha que voltar para o gol, outro jogador tinha que se apresentar para dar opção de passe ali, não o goleiro", diz Mauro Cezar.

"O gol ficou vazio 1 hora e meia, o que ele está fazendo ali? Por que ele continua ali? Volta para o gol, amigo. Aí tomou aquele gol por cobertura, muito bonito por sinal, e ali o jogo foi resolvido", completa.

O jornalista afirma que com a experiência que Volpi tem, além do tempo de clube, não se espera que o jogador vá cometer um erro como o da derrota contra o Atlético-GO.

"O goleiro da experiência dele tem que saber diferenciar o momento em que é possível sair jogando e o momento em que seus companheiros estão todos marcados, e não havia realmente uma boa opção de passe ali, estava todo mundo cercados. Não era o momento adequado para essa saída curta, e você não precisa dar um chutão, o time tem que estar preparado, e o goleiro também, para no momento em que você não tem como fazer um passe curto perto da área, fazer um passe mais comprido", diz Mauro.



"Ele tocou ali meio na fogueira, você vê a origem do lance, especialmente pela câmera do impedimento e você vê que todo mundo está cercado, foi um momento em que o Atlético-GO subiu a marcação e o adversário vai fazer isso em alguns momentos do jogo, não vai fazer o jogo inteiro, e tem que haver essa percepção. Ele já é um goleiro há algum tempo no clube, que passou por diferentes treinadores, já bem experiente, para não cometer esse tipo de erro", conclui.