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Eliminado, Muricy não aceita "fumacinha": "Sou tri brasileiro, meu filho"



Desde o fim do ano passado, a diretoria são-paulina tem deixado clara a prioridade à Libertadores, mesmo que isso significasse um desmerecimento ao Paulista. Apesar disso, Muricy Ramalho chegou a poupar seus titulares no torneio continental na tentativa de eliminar o Corinthians no Estadual. O técnico, porém, não aceita pressão de ninguém após a queda nas semifinais do regional com duas derrotas no clássico.

"Sou tricampeão brasileiro, meu filho. Você não está falando com qualquer um não", apontou o treinador nesta terça-feira no momento em que teve de comentar o ambiente no Morumbi. "Sempre vem a mesma fumaça, que na verdade é uma fumacinha que não tem força nenhuma. E a torcida não nos aplaudiu e nos deu força de graça", continuou, lembrando da reação da torcida depois do tropeço no domingo.

Precisando apenas de um empate em casa contra os reservas do América de Cali para garantir a liderança de sua chave na Libertadores, Muricy não quer ouvir as mesmas reprovações dos três últimos anos, quando esteve próximo da demissão por não ter vencido a competição continental (perdeu na final de 2006 para o Internacional, nas oitavas-de-final de 2007 para o Grêmio e nas quartas-de-final de 2008 para o Fluminense).

Publicamente, o técnico não tem bom relacionamento com alguns diretores, como o vice-presidente de futebol Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. Por isso, faz questão de sempre agradecer ao presidente Juvenal Juvêncio por sua sequência no clube - o treinador, que chegou em janeiro de 2006, renovou seu contrato no início desta temporada até dezembro de 2010.

"Às vezes o resultado não vem, mas é preciso ver se o trabalho é bem feito. Quem troca tudo por qualquer fumacinha não é dirigente, é uma pessoa que não sabe dirigir o futebol. Como nós temos o Juvenal, saímos em vantagem", enalteceu. "Reconhecem o trabalho pelo que faço e pelo que fiz. Não é por um resultado negativo que não sirvo para nada. Há três anos é a mesma coisa aqui."

O apoio irrestrito do mandatário, porém, não elimina os questionamentos ao aproveitamento do comandante em torneios com playoffs. Nesta segunda passagem pelo Morumbi, Muricy caiu em três semifinais do Paulista e não ficou com a taça em três Libertadores. Mas apela para sua carreira e títulos estaduais no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e em São Paulo, pelo São Caetano, para se defender.

"No meu currículo, ganhei vários títulos, e ganhei muito mais mata-mata do que pontos corridos. Você tem que saber na vida se o que você faz é correto ou não. No domingo, apertamos o time deles, mas não deu certo, são coisas do futebol", relembrou, sem nunca esquecer da retomada que lhe valeu o tricampeonato brasileiro em 2008.

"No ano passado, chegou um momento em que meu ciclo estava encerrado, só tínhamos 1% de chance de ganhar, e fomos tricampeões brasileiros. Quando se faz bem as coisas, se tem mais chances de se recuperar. Tenho que acreditar no meu trabalho", ensinou. "Só acredito em trabalho e Deus. O resto é conversa, são aproveitadores de situação", encerrou.

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