Mas o São Paulo enfrentará desafios para chegar mais longe. E um primeiro percalço já apareceu para o clube antes mesmo de a bola rolar.
A delegação foi impedida de treinar na última segunda-feira no campo da Federação Peruana de Futebol devido às restrições a brasileiros que chegam no país. Por conta disso, os jogadores e comissão técnica não puderam sair do hotel. Eles devem ficar reclusos até momentos antes do jogo.
Hernán Crespo, portanto, não conseguiu fazer os últimos ajustes na equipe e deve entrar em campo com o mesmo time que venceu o Palmeiras na última sexta-feira. Geralmente, as atividades que antecedem uma partida são compostas por trabalho de bola parada e um treino tático.
Depois que a bola rolar, o Tricolor enfrentará outros desafios que terá que superar se quiser chegar ao tetracampeonato da Libertadores. Abaixo, separamos alguns deles que podem ser "pedras no sapato" do clube.
TABU FORA DE CASA
Nesta terça-feira, o São Paulo tem a oportunidade de acabar com uma série negativa incômoda. Desde 2015, o Tricolor não sabe o que é ganhar fora de casa na Libertadores.
Depois que ganhou do Danúbio, do Uruguai, o São Paulo disputou 12 partidas fora de casa na competição e não venceu nenhuma. São oito derrotas e quatro empates. Na edição passada, foi derrotado por todos do grupo como visitante (Binacional, River Plate e LDU).
Além do Peru, a equipe comandada por Crespo viajará à Argentina, para enfrentar o Racing, e ao Uruguai, para encarar o Rentistas. Não haverá, portanto, altitudes além daquela a que os jogadores estão acostumados.
CALENDÁRIO APERTADO
O São Paulo se reforçou para esta temporada. Miranda, Eder, William, Orejuela, Bruno Rodrigues e Benítez foram contratados para dar mais opções a Crespo.
Embora sejam bons nomes para o elenco, o Tricolor terá um calendário de jogos apertado devido, principalmente, à paralisação do Campeonato Paulista. Na semana passada, o time disputou quatro jogos em seis dias.
Mesclar bem o elenco durante as competições será fundamental para obter sucesso nas disputas. A Libertadores será uma das prioridades do clube neste ano.
CRESPO
Hernán Crespo já foi campeão da Libertadores pelo River Plate em 1996, mas como treinador a experiência no torneio é pequena. Essa será a segunda participação de Crespo no comando de um clube na competição. A anterior foi com o Defensa y Justicia, da Argentina, no ano passado.
Com o clube argentino, o técnico também disputou a Copa Sul-Americana e levou a taça. Mas a Libertadores tem um nível técnico mais elevado, e Crespo terá que se superar para levar mais um título.
DESCONFIANÇA COM OS VEXAMES RECENTES
Praticamente todo o elenco atual do São Paulo participou da temporada de 2020, com eliminações vexatórias, como nas quartas de final do Paulistão para o Mirassol e na Copa Sul-Americana para o Lanús.
A desconfiança sobre boa parte dos jogadores permanece, e uma boa campanha na Libertadores pode ser a chance de esses atletas superarem os fiascos vividos na temporada passada.
JEJUM DE TÍTULOS
Quando se fala em desafios para o São Paulo nos últimos anos, é impossível não citar o jejum de títulos que acompanha o clube nos últimos anos. Desde 2012, quando venceu a Sul-Americana, o Tricolor não ganha nada.
Na Libertadores, competição que não conquista desde 2005, a última vez em que o São Paulo conseguiu chegar entre os quatro melhores foi em 2016. Desde então, não consegue bons resultados. Em 2019, caiu na fase prévia.
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