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Birner: Dera fosse sempre assim!

Nunca, nem quando havia constantes brigas entre torcidas nos estádios, o clima do futebol esteve tão ruim, tenso.

Ano após ano a sociedade fica mais agressiva. No país da impunidade a violência “vende”.

Cada ato nosso, desde quando temos discernimento das coisas, ou estimula a paz, ou brigas.

Neste barril de pólvora que se transformou o futebol, quem manda nos clubes precisa tomar cuidado para não acender o fogo da guerra.

As direções de Palmeiras e São Paulo mostraram tal preocupação.

E tiveram uma boa desculpa para brigar.

Dos 10% de ingressos para visitantes, 3769 são de arquibancada e 2673 do setor Visa.

A Polícia Militar, preocupada com a segurança na partida, mandou ofício pedindo que fossem vendidas 700 entradas a menos para os palmeirenses, pois precisava fazer um corredor de policiais ao lado da da grade que divide os torcedores.

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio disse que o clube deveria dar um jeito, pois é preciso coerência. Ainda mais quando ele foi o primeiro a usar a cota mínima prevista na lei.

Na hora, ligou para Luís Gonzaga Beluzzo e contou o problema.

Sem pestanejar, o presidente palestrino avisou: “o mais importante é não estimular conflitos”.

E começou a troca de telefonemas. Juvenal e Beluzzo , assim como João Paulo de Jesus Lopes e José Roberto Portella, secretário de transportes do Governo, palmeirense apaixonado, conversavam sobre o problema.

O presidente são-paulino também deixou responsáveis para tentarem receber direito os adversários.

As duas direções ficaram tão unidas, que em dado momento, durante a reunião com o Coronel Hervando Velozo, ambos defenderam a mesma tese, de que não PODE HAVER BRIGA NA IMPRENSA, que isso facilitaria o trabalho dele bem complicado nos últimos clássicos na capital.

Participaram da reunião, pelo lado são-paulino, o advogado José Francisco Manssur, e do palestrino o diretor administrativo Sérgio Do Prado, além de outro diretor (mais tarde escreverei o nome dele, pois não tenho ainda),

O São Paulo encontrou a solução.

Vai retirar algumas cadeiras para a PM fazer o trabalho como deve, mas a avaliação técnica definiu que com 200 lugares a menos a PM consegue trabalhar como pretende. .

Para compensar, o São Paulo separou um espaço na numerada, e contratou seguranças particulares, não poderia exigir que a PM se dividisse, para completar os 10%.

Os bilhetes de numerada que custam R$60,00, terão o mesmo valor dos de arquibancada vendidos por R$40,00.

Lembro que a cartolagem palmeirense poderia questionar a divisão, mas ficou ao lado da são-paulina do início ao fim.

Parabenizo as duas diretorias pelo engajamento na solução do impasse.

Está provado. Quando um não quer, dois não brigam!

Para evitar a repetição do caso, o espaço na arquibancada de quem é visitante no Morumbi será aumentado, segundo me disseram no São Paulo.

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