Depois de tentar, sem sucesso, negociar com a Conmebol uma redução no custo anual de US$ 65 milhões, a Globo enviou uma carta à entidade anunciando que vai se valer de uma cláusula para romper o contrato da Libertadores, como revelou o Uol nesta quinta-feira.
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Mas como fica agora? A notícia pegou a todos de surpresa. A Conmebol, o mercado publicitário, os concorrentes da Globo e até os times brasileiros envolvidos: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Santos, Grêmio, Inter e Athletico.
Pela nota divulgada pela Globo, entende-se que a decisão é irreversível. Desta maneira, pelo menos três partidas por rodada deixam de ter transmissão, incluindo Globo e Sportv. A exposição dos brasileiros também é seriamente afetada à medida em que a única TV aberta habilitada para mostrar os jogos está fora.
Já a Conmebol perde aproximadamente 20% de tudo o que fatura com a Libertadores vendendo os direitos de transmissão para toda a América do Sul. Os US$ 65 milhões anuais desembolsados pela Globo, que equivalem a R$ 346 milhões, certamente não serão igualados por SBT, Record, Bandeirantes, RedeTV ou qualquer outra. A Globo alega que na assinatura do contrato o dólar representava R$ 3,88. No fechamento da quinta-feira, bateu R$ 5,35, representando um aumento de R$ 95 milhões no custo da emissora por ano.
É natural que a Conmebol busque repassar esses direitos a alguém no Brasil. Mas quem? Por quais valores? A partir de 15 de setembro, quando a Libertadores for retomada, as transmissões ficaram restritas à Fox Sports e ao Facebook. E quem mais perde é o telespectador brasileiro.
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