Campinas, SP, 18 (AFI) - O Governo Federal lançou, na última sexta-feira, um pacote de medidas, que tem como principal objetivo aumentar a segurança dos torcedores. Mas o Clube dos 13, apoiado por alguns clubes, e até mesmo a Rede Globo já se mostraram contrário, pelo menos, a um aspecto do projeto de lei: o cadastramento de torcedores.
"Temos uma boa relação com o governo e ficamos surpresos sobre a notícia, uma vez que sempre somos consultados para esse tipo de assunto. Mas estamos totalmente contra o cadastramento", afirmou o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff.
"O projeto para coibir a violência nos estádios é muito bom. E os clubes aprovam cerca de 90% do pacote. Só estamos nos mostrando contrários ao cadastramento, mas esperamos que haja um diálogo entre clubes e o governo", completou.
O projeto de lei prevê que o torcedor que queira assistir a uma partida de futebol no país terá de portar uma "carteirinha de torcedor", que contará com todos os dados pessoais do portador - inclusive foto - e será intransferível. A expectativa do Ministério do Esporte é de que a emissão das carteirinhas, que seriam gratuitas, comecem a partir de junho.
Gastos aos cofres públicos
Embora não vá custar nada diretamente ao torcedor, a emissão das carterinhas terá um alto custo para os cofres públicos. Na Argentina, um processo semelhante ao do cadastramente brasileiro, cerca de 10% da população será cadastrada - cerca de milhões. Se ocorrer o mesmo no Brasil seriam mais de 18 milhões de carteirinhas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou e mandou projeto de lei ao Congresso Nacional, na última sexta-feira. Agora, a expectativa dos clubes é de que ao menos a parte do cadastramento seja alterada no Congresso.
Globo também é contrária
Conhecida por ter grande influência dentro da CBF, a Rede Globo também se mostra contrária ao cadastramento de torcedores. Segundo o executivo da parte des esportes da emissora, Marcelo Campos Pinto, a medida não terá eficácia no combate a violência e a burocratização pode afastar o torcedor do estádio.
"Se eu fosse obrigado a fazer a carteirinha, eu ficaria em casa", declarou ao Painel FC da Folha de S. Paulo. Além disso, ele questionou o fato de que o cadastrado poderá adquirir apenas um ingresso - medida parta combater ação dos cambistas. "Quem vai ao estádio sozinho?", questionou.
Outro ponto bastante citado pelos clubes, são em relação aos turistas estrangeiras. Cidades turísticas, como o Rio de Janeiro, costumam receber os "torcedores-turistas" em seus jogos. Mas como uma pessoa que está visitando o país fará o cadastramento para ir a uma partida?
Lotérias reclamaram
O projeto de lei também prevê que a venda de ingressos através de casas lotéricas também passe a ser obrigatória. O problema é que os donos não concordam com isso, pois prevêm os vários problemas que poderão ocorrer nos estabelecimentos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Lotéricos, Luiz Carlos Peralta, a insegurança não pode ser transferida para o interior das casas lotéricas, já que até no estádio, quando as vendas começam, as confusões acontecem.
“Como irão reagir os torcedores ao chegarem para comprar os seus ingressos, e encontrarem filas imensas nas Lojas, de pessoas querendo pagar suas contas e também efetuar suas apostas? E, o que farão, quando o sistema cair e, não for possível adquirir os ingressos? E, o pior, quando houver jogos de duas torcidas rivais”, comentou Peralta.
"Temos uma boa relação com o governo e ficamos surpresos sobre a notícia, uma vez que sempre somos consultados para esse tipo de assunto. Mas estamos totalmente contra o cadastramento", afirmou o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff.
"O projeto para coibir a violência nos estádios é muito bom. E os clubes aprovam cerca de 90% do pacote. Só estamos nos mostrando contrários ao cadastramento, mas esperamos que haja um diálogo entre clubes e o governo", completou.
O projeto de lei prevê que o torcedor que queira assistir a uma partida de futebol no país terá de portar uma "carteirinha de torcedor", que contará com todos os dados pessoais do portador - inclusive foto - e será intransferível. A expectativa do Ministério do Esporte é de que a emissão das carteirinhas, que seriam gratuitas, comecem a partir de junho.
Gastos aos cofres públicos
Embora não vá custar nada diretamente ao torcedor, a emissão das carterinhas terá um alto custo para os cofres públicos. Na Argentina, um processo semelhante ao do cadastramente brasileiro, cerca de 10% da população será cadastrada - cerca de milhões. Se ocorrer o mesmo no Brasil seriam mais de 18 milhões de carteirinhas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou e mandou projeto de lei ao Congresso Nacional, na última sexta-feira. Agora, a expectativa dos clubes é de que ao menos a parte do cadastramento seja alterada no Congresso.
Globo também é contrária
Conhecida por ter grande influência dentro da CBF, a Rede Globo também se mostra contrária ao cadastramento de torcedores. Segundo o executivo da parte des esportes da emissora, Marcelo Campos Pinto, a medida não terá eficácia no combate a violência e a burocratização pode afastar o torcedor do estádio.
"Se eu fosse obrigado a fazer a carteirinha, eu ficaria em casa", declarou ao Painel FC da Folha de S. Paulo. Além disso, ele questionou o fato de que o cadastrado poderá adquirir apenas um ingresso - medida parta combater ação dos cambistas. "Quem vai ao estádio sozinho?", questionou.
Outro ponto bastante citado pelos clubes, são em relação aos turistas estrangeiras. Cidades turísticas, como o Rio de Janeiro, costumam receber os "torcedores-turistas" em seus jogos. Mas como uma pessoa que está visitando o país fará o cadastramento para ir a uma partida?
Lotérias reclamaram
O projeto de lei também prevê que a venda de ingressos através de casas lotéricas também passe a ser obrigatória. O problema é que os donos não concordam com isso, pois prevêm os vários problemas que poderão ocorrer nos estabelecimentos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Lotéricos, Luiz Carlos Peralta, a insegurança não pode ser transferida para o interior das casas lotéricas, já que até no estádio, quando as vendas começam, as confusões acontecem.
“Como irão reagir os torcedores ao chegarem para comprar os seus ingressos, e encontrarem filas imensas nas Lojas, de pessoas querendo pagar suas contas e também efetuar suas apostas? E, o que farão, quando o sistema cair e, não for possível adquirir os ingressos? E, o pior, quando houver jogos de duas torcidas rivais”, comentou Peralta.
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