Um dos nomes de maior destaque do São Paulo na atual temporada, Jean fez sua estreia com a camisa dos profissionais da equipe em 2005, em um jogo contra o Santos, o próximo adversário do clube no Campeonato Paulista. O jogador, que hoje enche os olhos dos torcedores, lembra de sua primeira partida, da qual não tem boas lembranças.

"Eu comecei como ala, mas o Flávio (Donizeti, zagueiro) foi expulso logo no começo e eu tive que ficar atrás pra marcar mais. Não pude mostrar aquilo que eu sabia, que era atacar. Não joguei nada do que eu poderia ter jogado, dei só um passe, nada além disso", afirmou o volante.

Entretanto, o camisa 15 teve outro momento contra a equipe da Vila Belmiro que é considerado pelo próprio volante como melhor que sua estreia. Em 2008, quando voltou à equipe profissional do São Paulo, foi contra o Santos que formou pela primeira vez a dupla de meio-campo com Hernanes no jogo válido pelo returno do Brasileirão, no Morumbi.

"Esse jogo já foi bem diferente, mais tranquilo. Eu estava mais confiante e também tinha a confiança do Muricy, estava conquistando meu espaço e pude melhorar 100% em relação ao outro jogo. Dei até chute pro gol, esse foi um dos jogos que contribuiu pra que eu pudesse manter a titularidade", completou.

Jean, que utilizou muito das partidas contra o Santos para crescer dentro de campo, foi considerado pelo técnico Muricy Ramalho após a partida contra o Oeste como o atual melhor jogador da equipe, elogio que raramente vem do exigente treinador. Mas as palavras do comandante são-paulino não iludem o jovem, que sabe que a partir da declaração de Muricy terá que trabalhar ainda mais pra se manter entre os titulares.

"Deixo essa opinião a critério dele. A minha opinião é que eu tenho que trabalhar mais, cada dia tem uma coisa a ser melhorada, o Muricy me cobra muito sempre e eu tenho procurado aprimorar minhas características sempre", disse.

Como é muito ligado ao camisa 10 Hernanes, atua no mesmo setor do campo que o companheiro e também trilhou o mesmo caminho que o jogador antes de chegar à equipe profissional fica quase inevitável fazer comparações entre a história dos dois atletas, o que Jean espera que não aconteça.

"Ele já passou por tudo isso, mas quero deixar bem claro que eu sou o Jean, ele é o Hernanes, apesar de sermos amigos, parecidos em tudo e gostarmos das mesmas coisas, com certeza o caminho está sendo igual, mas cada um fazendo sua história, fazendo aquilo que sabe da melhor maneira", finalizou.