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Caso Daniel: Novas testemunhas dizem que foram impedidas de chamar ajuda médica

Daniel durante treinamento do São Paulo Gazeta Press

Duas testemunhas que estiveram presentes no aniversário de Allana Brittes deram uma versão diferente quanto à festa em que ocorreu o assassinato do jogador Daniel. Em entrevista à emissora RPC e noticiada pelo Globoesporte.com, elas, que não foram identificadas, disseram que foram impedidas de chamar ajuda médica para socorrer o atleta.



Ambas falaram que queriam ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pelo fato de Daniel estar muito ferido, e ainda disseram que Edson Brittes, que confessou ter matado o ex-jogador do São Paulo, as impediu de fazer o chamado.

Elas ainda afirmaram que Eduardo Purkote não quebrou o celular do meio-campista e que também não pegou a faca para Edson cometer o crime. "Ele [Purkote] não saiu da sala. Então não tinha como ele pegar a faca se ele estava na sala”.

"O Edison arrastou o Daniel para fora do quarto. Largou ele na calçada", disse uma das testemunhas, como publica o Globoesporte.com.

"Cheio de sangue, estava sangrando muito, bastante. Já estava bem debilitado, estava bem machucado. Continuaram batendo nele, davam chute. Deixaram ele de bruço, tiraram a cueca dele e continuaram a bater nele", afirmou a outra.

Segundo o delegado Amadeu Trevisan, Purkote é suspeito de ter quebrado o telefone de Daniel.

De acordo com Edson, Daniel tentou estuprar a esposa dele. No entanto, a versão foi desmentida pela Polícia Civil do Paraná.

Mineiro de Juiz de Fora, Daniel foi morto aos 24 anos. Revelado pelo Cruzeiro, o meio-campista foi contratado pelo São Paulo após se destacar no Botafogo. Também passou por Ponte Preta e Coritiba. Ele estava emprestado pelo Tricolor paulista ao São Bento, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.

Suspeitos

Sete pessoas estão presas acusadas de participarem da morte de Daniel. Eduardo Purkote Chiuratto é acusado de quebrar o celular do meia, arrombar a porta do quarto onde estava Cristiana Brittes e agredir o jogador. Ele deverá ser ouvido pela polícia na segunda-feira.

Segundo depoimentos, Eduardo Purkote possui um irmão gêmeo que também estaria na festa. Eles teriam entrado na festa na casa dos Brittes por volta das sete horas da manhã. O outro irmão, porém, não teria participado das agressões e teria tentado evitar que ele participasse dos atos.

Eduardo Purkote e seu irmão são filhos de Viviane Purkote, candidata a vereadora pela Rede nas eleições em 2016. Eles são enteados de Jairo Melo, vice-prefeito de São José dos Pinhais entre 2009 e 2012, e que não se elegeu para deputado estadual nas últimas eleições.

David Willian da Silva, 18 anos, também está preso. Ele era jogador da equipe sub-17 do Paraná Clube e teve seu contrato rescindido, de acordo com a equipe. Os outros suspeitos detidos são Ygor King, 19 anos, que é acusado de ter ajudado Edison no crime. Eduardo Henrique da Silva, 19 anos, primo de Cristiana Brittes, foi preso em Foz do Iguaçu e foi trazido para Curitiba

Allana e Cristiana foram transferidas da 1ª Delegacia Regional de São José dos Pinhais para a Penitenciária Feminina de Piraquara. Edison Brittes foi levado para o Centro de Triagem 1 da Polícia Civil.

Depoimentos

O depoimento de uma testemunha que teria ficado com Daniel durante a festa de aniversário de Allana Brittes possui um trecho em que ela diz que Edison Brittes, autor confesso da morte do ex-jogador do São Paulo, relatou ter dado "uns tapas" na esposa Cristiana Brittes.

Segundo o relato divulgado por UOL e Banda B, depois de ter voltado com os jovens no veloster preto, o empresário teria dito que matou Daniel. De acordo com a testemunha, Edison teria falado horas depois, em uma reunião na sala de sua casa, que "havia matado o gambá" e justificado:

"Eu vi ele no meu quarto, com a minha mulher, vocês têm noção disso? Eu não ia aguentar", relatou a testemunha à polícia.

"Junior havia ido ao quarto e a porta estava fechada, o que estranhou, indo até a janela, onde viu Daniel no quarto, sendo que ele tentou se esconder, então, Júnior entrou, deu tapas no rosto da Cris e começou a agredir Daniel", disse a testemunha.

'Intenção não era matar'

Eduardo Henrique da Silva prestou depoimento à polícia na última segunda-feira. Segundo o advogado do suspeito, Edson Stadler, a intenção do grupo era castrar, e não matar o ex-atleta de São Paulo e Botafogo.

Em entrevista publicada pelo UOL, o advogado afirmou que Edison Brittes – conhecido como Juninho Riqueza – não obrigou nenhum dos outros três suspeitos a entrar no carro que levou Daniel ao local de sua morte, diferente do que disseram os suspeitos David Willian Vollero da Silva e Ygor King.

Na mesma conversa, o advogado declara que Edison convidou os outros suspeitos para o ajudar a segurar Daniel, tendo a intenção de castrá-lo e deixá-lo vivo, ao relento. Durante a viagem até o local do assassinato, porém, Brittes teria visto fotos no celular do jogador de sua esposa com Daniel na cama, se irritando e mudando de ideia, afirma o advogado.

O relato informa que então Brittes saiu do carro, abriu o porta-malas e cortou o pescoço de Daniel, surpreendendo aos outros.

Áudios divulgados

O programa "Fantástico", da TV Globo, exibiu um áudio gravado pelo jogador Daniel Corrêa, ex-São Paulo, na manhã do dia 27 de outubro, em que foi assassinado, em São José dos Pinhais (PR), para um amigo. Na conversa, ele falou que estava na casa de Edison Brittes antes de ser espancado e depois morto.

"Moleque, eu juro para você que eu não tô [sic] muito bêbado. É que a situação é desesperadora. Eu não sei como é a casa que vim parar aqui, mas parece que a casa tem uma 'coroa' dormindo, outra casa tem uma novinha dormindo, o namorado da 'novinha' eu não sei onde está, o marido da 'coroa' eu não sei onde está... Moleque, eu não sei o que faço", disse, aos risos.

Daniel teria entrado no quarto e enviado para o amigo duas fotos na cama ao lado de Cristiana, esposa de Edison, que aparentemente estava dormindo. Na mensagem de texto, ele afirmou ter tido relações sexuais com a mulher.

Edison afirmou em depoimento que matou Daniel para proteger sua esposa de uma suposta tentativa de estupro. O advogado da família Brittes, Cláudio Dalledone, reforçou a tese de seu cliente.

"O que ele diz que era uma brincadeira, a lei trata como ilícito penal, um crime contra a liberdade sexual de uma mulher", disse.

Já o promotor João Milton Salles refuta essa tese do advogado por causa da quantidade de álcool no sangue do atleta.

"Algo que Curitiba nunca tinha visto, o Paraná e o Brasil nunca tinham visto. Algo tão brutal. Houve uma brincadeira infeliz de um jovem que estava completamente embriagado, mas um jovem sem maldade que se deparou com uma pessoa extremamente brutal e insensível", disse Nilton Ribeiro, advogado da família de Daniel, ao "Fantástico".

Encontro com testemunhas

O Fantástico também exibiu imagens da reunião entre Edison Brittes, Cristiana, a filha Allana e mais três homens na praça de alimentação em um shopping no Paraná. O encontro teria ocorrido em 29 de outubro, dois dias depois do homicídio de Daniel. De acordo com a investigação do caso, o objetivo era combinar uma versão única dos fatos para apresentarem à polícia.

"Nesse shopping, o Edison compõe uma história para as testemunhas. Eles deveriam fechar que o Daniel teria saído de casa pelo portão e não teria voltado. Se esse elo da história fosse rompido, ele saberia qual das testemunhas rompeu o elo", disse o delegado Amadeu Trevisan, responsável pelo caso, ao "Fantástico"

Apuração do caso

Na última semana, uma tia e uma prima e Daniel, que moram em Minas Gerais, foram até o Paraná e falaram com a polícia por cerca de meia hora. Elas confirmaram que Allana Brittes ligou para a família e se prontificou a ajudar, disse que não sabia onde estava o jogador e negou que houve briga em sua casa. A jovem teria dito que o meia foi embora sozinho por volta das 8h de sábado.

Testemunhas ouvidas pela polícia disseram não ter ouvido gritos de Cristiana no quarto pela suposta tentativa de estupro de Daniel. Além disso, disseram que não viram arrombamento da porta e que escutaram o jogador pedindo por ajuda e dizendo que não queria morrer.

Acusado de matar o meia Daniel, ex-São Paulo, Edison Brittes mudou a versão sobre o crime em depoimento de mais de seis horas para Polícia Civil de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, na quarta-feira (07/11). Questionado sobre a forma como o jogador foi morto, ele preferiu ficar em silêncio, mas assumiu a autoria do homicídio.

O suspeito disse que ficou transtornado ao ver uma suposta tentativa de estupro contra sua esposa, Cristiana Brittes e desejava humilhar o atleta.

O empresário afirmou ter encontrado a porta trancada e ouviu dois gritos de socorro. Ao ir até a janela, teria visto Daniel de cueca e camiseta, em cima da esposa, quando pulou a janela e pegou o jogador pelo pescoço. Anteriormente, ele havia dito que tinha arrombado a porta.

Edison disse que outros quatro homens chegaram ao quarto e perguntaram o que havia ocorrido. Após o empresário ter relatado o fato, eles teriam começado as agressões ao atleta, que posteriormente foi levado para fora da casa e teve sua cueca arrancada.

Ele disse no depoimento que teve a ideia de colocar Daniel no porta-malas do carro (um veloster preto) e depois deixá-lo nu no meio da rua para fazê-lo passar vergonha. Após relatar essa parte, o empresário ficou em silêncio, não dando mais detalhes da forma como o jogador teria sido assassinado.

O delegado da Polícia Civil de São José dos Pinhais, Amadeu Trevisan, declarou na última terça-feira que não houve tentativa de estupro por parte de Daniel Corrêa contra Cristiana. Ele teria sido morto após ser flagrado na cama tirando fotos da esposa do acusado.



“A versão da tentativa de estupro, nós estamos desconfigurando agora, com essas testemunhas, e bem como o arrombamento da porta também. Para nós, o Daniel simplesmente estava na cama”, declarou Amadeu. “Não houve a tentativa de estupro, mesmo porque o Daniel estava com 13,4 decigramas de álcool no sangue. Então, ele estava muito embriagado, estava muito aquém de conseguir realizar algum estupro”, avaliou.

Na apuração preliminar do Instituto Médico-Legal (IML), divulgada pela Polícia Civil, Daniel foi espancado na casa da família Brittes e, depois, levado para um matagal, onde o corpo foi encontrado. A morte foi causada por ferimento por arma branca. O corpo do jogador foi velado e sepultado em Conselheiro Lafaiate, em Minas Gerais, cidade da família do atleta.

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