André Jardine começa a ver suas ideias ganharem prática em campo, e o time evolui — Foto: Marcos Ribolli
Calhou de os dois primeiros jogos do São Paulo pós-Diego Aguirre serem contra times de patamares parecidos: primeiro o Grêmio, campeão da Libertadores no ano passado e semifinalista este ano; e agora o Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil há um mês, derrotado por 1 a 0 neste domingo. As duas partidas, ambas em casa, começaram a desenhar um novo São Paulo com André Jardine. E é um desenho interessante.
Na vitória de 1 a 0 sobre o Cruzeiro, o time evoluiu em comparação com a partida anterior, o empate por 1 a 1 com o Grêmio. No jogo contra os gaúchos, já foi possível ver um São Paulo diferente em nomes e em filosofia: mais afeito a ter a bola e a tentar mandar no jogo. Foi, porém, um falso domínio, com a equipe incapaz de efetivamente agredir o adversário. Mas já foi diferente neste domingo, em boa parte do jogo no Morumbi – diferente para melhor.
O São Paulo conseguiu combinar melhor dois elementos: ter a bola e otimizar o uso dela. Foi uma evolução coletiva, de engrenagem de jogo, mas impulsionada por alguns pontos individuais:
O retorno de Diego Souza, melhor jogador do que Tréllez, que havia sido titular contra o Grêmio (o camisa 9 estava suspenso).
A boa atuação de Nenê, apagado na partida anterior.
A natural evolução de Everton, voltando de lesão – peça fundamental para o time.
O bom rendimento do trio fez fluir a proposta de jogo do São Paulo. Se pensarmos na última partida sob o comando de Aguirre, o empate por 1 a 1 com o Corinthians (em que o São Paulo foi inerte mesmo com um jogador a mais em parte do duelo), a mudança é animadora: é um time mais propositivo, mais disposto a ser protagonista, mais propenso a ter a bola – apesar de momentos de recuo exagerado neste domingo. E isso mesmo contra bons oponentes, casos de Grêmio e Cruzeiro.
Trata-se de uma filosofia que combina com as exigências da história do São Paulo. É interessante ver que André Jardine, um treinador emergente, com um time desequilibrado em mãos, com a pressão da luta por vaga direta na Libertadores, tenha decidido investir nessa ideia. Muitos treinadores, na mesma situação, certamente pensariam de forma mais conservadora.
André Jardine, assim, mostra predicados para ficar no cargo em 2019. É um desejo alimentado também pela diretoria. E será um ano de Libertadores.
A vaga na etapa prévia está garantida. O São Paulo, atual quinto colocado, estará entre os seis primeiros. A luta agora é pelo G-4.
A vitória sobre o Cruzeiro foi fundamental, já que o Grêmio também venceu (2 a 0 na Chapecoense). Os gaúchos seguem à frente nos critérios de desempate (número de vitórias e saldo), mas têm um jogo mais difícil na próxima rodada: visitam o Flamengo na quarta, enquanto o São Paulo, também no Rio, pega o Vasco na quinta.
Se conseguir evoluir um pouco mais, ou se ao menos repetir o desempenho deste domingo, o time de Jardine tem boas condições de entrar no G-4 na próxima rodada, faltando apenas dois jogos para o campeonato terminar.
E MAIS: Bruno Alves leva terceiro amarelo e Jardine terá de mudar a zaga
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São Paulo, Ideias, André Jardine, Prática, Jogo, Tricolor, SPFC
Calhou de os dois primeiros jogos do São Paulo pós-Diego Aguirre serem contra times de patamares parecidos: primeiro o Grêmio, campeão da Libertadores no ano passado e semifinalista este ano; e agora o Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil há um mês, derrotado por 1 a 0 neste domingo. As duas partidas, ambas em casa, começaram a desenhar um novo São Paulo com André Jardine. E é um desenho interessante.
Na vitória de 1 a 0 sobre o Cruzeiro, o time evoluiu em comparação com a partida anterior, o empate por 1 a 1 com o Grêmio. No jogo contra os gaúchos, já foi possível ver um São Paulo diferente em nomes e em filosofia: mais afeito a ter a bola e a tentar mandar no jogo. Foi, porém, um falso domínio, com a equipe incapaz de efetivamente agredir o adversário. Mas já foi diferente neste domingo, em boa parte do jogo no Morumbi – diferente para melhor.
O São Paulo conseguiu combinar melhor dois elementos: ter a bola e otimizar o uso dela. Foi uma evolução coletiva, de engrenagem de jogo, mas impulsionada por alguns pontos individuais:
O retorno de Diego Souza, melhor jogador do que Tréllez, que havia sido titular contra o Grêmio (o camisa 9 estava suspenso).
A boa atuação de Nenê, apagado na partida anterior.
A natural evolução de Everton, voltando de lesão – peça fundamental para o time.
O bom rendimento do trio fez fluir a proposta de jogo do São Paulo. Se pensarmos na última partida sob o comando de Aguirre, o empate por 1 a 1 com o Corinthians (em que o São Paulo foi inerte mesmo com um jogador a mais em parte do duelo), a mudança é animadora: é um time mais propositivo, mais disposto a ser protagonista, mais propenso a ter a bola – apesar de momentos de recuo exagerado neste domingo. E isso mesmo contra bons oponentes, casos de Grêmio e Cruzeiro.
Trata-se de uma filosofia que combina com as exigências da história do São Paulo. É interessante ver que André Jardine, um treinador emergente, com um time desequilibrado em mãos, com a pressão da luta por vaga direta na Libertadores, tenha decidido investir nessa ideia. Muitos treinadores, na mesma situação, certamente pensariam de forma mais conservadora.
André Jardine, assim, mostra predicados para ficar no cargo em 2019. É um desejo alimentado também pela diretoria. E será um ano de Libertadores.
A vaga na etapa prévia está garantida. O São Paulo, atual quinto colocado, estará entre os seis primeiros. A luta agora é pelo G-4.
A vitória sobre o Cruzeiro foi fundamental, já que o Grêmio também venceu (2 a 0 na Chapecoense). Os gaúchos seguem à frente nos critérios de desempate (número de vitórias e saldo), mas têm um jogo mais difícil na próxima rodada: visitam o Flamengo na quarta, enquanto o São Paulo, também no Rio, pega o Vasco na quinta.
Se conseguir evoluir um pouco mais, ou se ao menos repetir o desempenho deste domingo, o time de Jardine tem boas condições de entrar no G-4 na próxima rodada, faltando apenas dois jogos para o campeonato terminar.
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