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[OFF] ''Soube do interesse do Santos no Ceni, mas não temo'', diz presidente do Fortaleza

Foto: Divulgação

Os últimos dias para o torcedor do Fortaleza têm sido de muita festa. Primeiro, pelo acesso à Série A do Brasileiro depois de 13 anos. Depois, pela conquista do título da Série B, o maior da história de cem anos do clube. A única coisa que tira o sono do tricolor em 2018 é o risco de não contar com Rogério Ceni como técnico para o próximo ano. E esse foi um dos temas da entrevista exclusiva com Marcelo Paz, presidente do Fortaleza. No comando do clube desde novembro passado, ele falou dos planos para a temporada na elite nacional, revelou números das receitas do Fortaleza e admitiu que sabe da vontade do Santos em ficar com o técnico campeão da Segundona.

BLOG: Qual a sensação de ser o presidente do maior título dos cem anos de história do Fortaleza?
MARCELO PAZ: É o sentimento de muita gratidão a Deus, por ter proporcionado tudo isso na minha vida e da nossa torcida. Eu, com 35 anos de idade, presidindo meu clube de coração no ano do centenário… estou extremamente honrado. O acesso por si só já era demais. O título veio coroar todo o trabalho.

Qual foi o momento de maior dificuldade na temporada?
Foi depois que perdemos o estadual para o rival, com quatro jogos sem vencê-los. Aquilo gerou uma dúvida na torcida e uma pressão grande para que trocássemos o comando técnico. Mas fomos muito convictos e dei uma entrevista dizendo que não haveria mudança nenhuma.

E o Rogério Ceni demonstrou gratidão?
Ele nunca externou isso, mas acredito que sim. Até porque, quando fui sentar para contratá-lo, uma das coisas que ele mais pediu foi para que o contrato fosse cumprido até o fim. O clube se mostrou bem firme.

Que avaliação faz do trabalho dele como técnico?
O trabalho é muito bom, não só pelos resultados, mas pelo profissional dedicadíssimo, competente e focado, que veio aqui apenas para trabalhar, para vencer… Ele é atento a todos os detalhes. Não deixa passar qualquer coisa errada. Nossa convivência foi bacana e de um aprendizado enorme.

O Fortaleza vai conseguir renovar o contrato do Ceni?
Vamos conversar com ele até o término da Série B. Não tem uma data marcada, mas o Rogério já sabe que a gente quer mantê-lo. E a nossa prioridade no planejamento de 2019 é acertar a renovação da comissão técnica. Até porque é ela que vai direcionar o grupo de atletas, a pré-temporada, os reforços.. A partir daí, vamos olhar pra frente.

Aliados importantes do presidente do Santos, José Carlos Peres, querem o Ceni na Vila Belmiro em 2019. Ouviu algo sobre isso?
Eu soube do interesse do Santos, mas não temo. Não falei com o Rogério Ceni sobre isso, mas acho que, no estado de São Paulo, ele só trabalharia no São Paulo, porque seu vínculo com o clube é muito forte.

O Fortaleza topa aumentar o salário dele para segurá-lo?
Tem que aumentar o salário, afinal, vamos jogar a Série A. Imagino que não vai ser fácil mantê-lo, porque muita gente vai querer um treinador que fez tanto sucesso. Mas nada é fácil na vida do Fortaleza.

Você torce para que o Ceará fique na primeira divisão?
Como torcedor, não posso dizer que quero a permanência do rival. Mas, se ele ficar, será bom para o nosso estado, que teria 10% dos times da Série A. Isso significaria 38 eventos na nossa cidade, com a vinda dos times para os jogos como mandante do Fortaleza e do Ceará. Para a economia, seria ótimo.

O Fortaleza cria e comercializa seus uniformes. Tem valido a pena?
Muito. Tínhamos uma loja oficial do clube e hoje já são sete. O fato de termos nossa marca própria e o controle da produção e da venda dos uniformes gerou, por exemplo, R$ 970 mil bruto em outubro. O clube fica com 30% disso. Nos meses anteriores, a média era de R$ 100 mil líquido a cada 30 dias.

Com o novo modelo de divisão das cotas de TV, quanto o Fortaleza receberá em 2019?
Serão R$ 12 milhões mínimos da Globo, em TV aberta, e R$ 9 milhões do Esporte Interativo na TV fechada. Neste ano, tivemos R$ 6 milhões. E, para 2019, ainda teremos a cota relacionada ao pay-per-view e à classificação final do campeonato.

Bilheteria, sócio-torcedor, patrocínio… quais as receitas do Fortaleza, já de olho na Série A?
Nossa maior receita é com os sócios-torcedores. Temos 26 mil no nosso programa, sendo 23 mil adimplentes. Os últimos jogos foram ótimos com bilheteria: R$ 300 mil contra o Sampaio Corrêa, R$ 712 mil contra o Paysandu, R$ 584 mil contra a Ponte e R$ 482 mil contra o CSA. Mas foram exceções. Já o nosso patrocínio com a Caixa termina em dezembro (o banco paga R$ 2,4 milhões por ano).

Qual o tamanho da dificuldade que vocês enfrentarão para manter o Fortaleza na elite depois de 13 anos fora da Série A?
A gente sabe que será muito difícil, porque praticamente tudo mudou desde 2006, quando o clube jogou na primeira divisão pela última vez. Nossos adversários ficaram muito mais ricos, possuem infraestrutura excelente… Também por isso, vamos investir parte do orçamento na reestruturação do Fortaleza. Faremos a melhoria do CT, dos equipamentos esportivos, dos campos e dos alojamento dos atletas.




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