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Entrevista com Diego Aguirre: Renovação para 2019, Jogo-chave com rival e valor do G-4 para o SP

Técnico diz que permanência não é mera questão de contrato e dinheiro, afirma saber significado do clássico e acredita que atuar como visitante não é desculpa para não fazer bom jogo

Permanência de Diego Aguirre no São Paulo é incerta na próxima temporada — Foto: Marcelo Hazan

O técnico Diego Aguirre não sabe se continuará no São Paulo em 2019. Nem o uruguaio nem a diretoria podem dar esta resposta agora.



O contrato de Aguirre termina no fim de dezembro. Ou seja, daqui menos de dois meses. Mas os dois lados decidiram conversar sobre a questão depois do Brasileirão.

– Faz parte do meu trabalho tentar fazer o melhor para o São Paulo. Não é somente acertar um contrato de dinheiro e "ah, tudo bem". Não. Têm coisas que precisam melhorar – disse Aguirre, em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com na sexta-feira.

É certo, no entanto, que o prestígio de Diego Aguirre no São Paulo diminuiu após a radical queda de rendimento do time no segundo turno. O Tricolor tem a 13ª campanha do returno, com 41% de aproveitamento.

Antes o treinador era praticamente uma unanimidade entre direção e torcida. A tendência natural era a renovação, segundo o próprio presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, disse em agosto.

Foi quando, inclusive, o São Paulo procurou Aguirre para renovar contrato, mas o técnico preferiu adiar a conversa. Agora, o que era uma tendência virou uma dúvida.

Prestes a disputar o último clássico da temporada, contra o Corinthians, neste sábado, na Arena do rival, Aguirre disse ver o Majestoso como um jogo-chave, não crê que atuar como visitante seja uma desculpa para não jogar bem e falou qual seria o valor de conquistar uma vaga no G-4 após liderar parte do Brasileirão.

Leia a entrevista com Diego Aguirre:

GloboEsporte.com: Quem chega melhor ao clássico? São Paulo ou Corinthians?
Diego Aguirre:
– Não acredito nos momentos antes de um clássico. Clássico é outro tipo de jogo. E se emparelha tudo e qualquer um pode ganhar. Tanto Corinthians como São Paulo estão em condições de fazer um bom jogo e vencer. Nós estamos confiantes, achamos que é possível, mas não vou falar muito. Tem de ver na hora do jogo.

Obviamente você só pensa no Corinthians, mas na próxima rodada tem o Grêmio... (Aguirre interrompe)
– É impossível pensar em outra coisa. Talvez você poderia pensar em outro jogo, mas como tem um jogo tão importante como o Corinthians.... Juro que não penso em nada para frente que não seja o Corinthians.

Mas há uma preocupação com esse jogo-chave para manter o time no G-4...
– Claro, isso sim. É um jogo-chave, importantíssimo. Também pelo que significa. Independentemente da posição e de manter o G-4, que é importante, seria muito bom para nós conseguirmos uma vitória e nos firmar na tabela.



Neste ano, você venceu três clássicos, perdeu três e empatou um. Esse será o tira-teima...
– Sim, também não sou de olhar muito os números. Mas sempre é importante (clássico), porque sei o que significa para torcida, jogadores e diretoria ganhar do Corinthians. Nós vamos dar tudo para que isso possa acontecer.

Na semifinal no Paulistão, o São Paulo fez um dos melhores jogos na Arena Corinthians e, embora já tenha empatado, perdeu por um detalhe no fim do jogo. Como foi para você digerir aquela derrota, pela forma como foi e com um erro de posicionamento de bola parada?
– Passou muito tempo. Eu só tinha uma semana aqui no São Paulo. Então, não foi... Obviamente que doeu. Foi um momento difícil. Mas tomei como uma coisa que pode acontecer. Depois tivemos a possibilidade de jogar com o Corinthians e ganhar. Futebol é assim.

"Para mim, jogar fora de casa não é uma desculpa para não fazer um bom jogo. Não é jogar no Morumbi ou fora... Não significa mais. Para mim é a mesma coisa" – Diego Aguirre.

Aquela atuação mostrou ser possível para o São Paulo bater o Corinthians na Arena, embora nunca tenha acontecido...
Óbvio, para o São Paulo vencer qualquer time é possível. É uma coisa normal. São jogos sempre difíceis, mas também difíceis para eles. Nós respeitamos todos os rivais, mas também acho que é uma oportunidade muito boa para podermos ter uma grande vitória e acabar da melhor forma possível.

Depois de liderar o Brasileirão um bom tempo e agora disputar o G-4 o que significaria essa vaga? Obrigação, o mínimo ou um grande prêmio pensando que o time brigou para não cair em 2017?
É um objetivo importante. Mas vamos ver nessas seis rodadas que faltam. Agora tem de focar, não tem de pensar em G-4 nem nada disso. É o jogo com o Corinthians e ganhar. Depois vamos vendo o que vem e o que vai acontecer. Agora a única coisa que temos de colocar na mente é ganhar do Corinthians.



Em outro momento a diretoria procurou você para renovar contrato e o São Paulo era líder, mas você preferiu conversar depois do Brasileirão. Imagino que a postura agora seja a mesma. Mas você tem consciência de que essa queda de rendimento pode ter tornado a renovação uma dúvida?
Não, a verdade é que não penso nisso. É algo que vamos ver quando acabar o Brasileiro, como falamos há alguns meses, e ver o que acontece. Não vou falar muito mais que isso, porque foi o acordado. Vamos falar lá na frente para ter toda a liberdade e a tranquilidade de tomar a melhor decisão, para ninguém estar pressionado, nem ter assinado algo que não quer continuar. Por isso acho que é o natural e bom para todos. Acaba o campeonato e falamos. Aí analisaremos entre todos o que foi o melhor.



No programa "Bem, Amigos", você disse que exigiria coisas para chegar a um acordo. Isso está na sua cabeça?
Sim, faz parte do meu trabalho. Tentar fazer o melhor para o São Paulo, não somente acertar um contrato de dinheiro e "ah, tudo bem". Não. Têm coisas que temos de melhorar, que podemos ajudar o São Paulo a continuar um trabalho de crescimento. A ideia é junto com a diretoria falar de tudo (nota da redação: uma das exigências está ligada a questões estruturais, como a reforma nos vestiários do CT da Barra Funda – obra prevista para ser realizada pelo clube).

Dá para dar algum exemplo?
Não, são coisas internas. Muitas coisas, mas normais. Fazem parte do trabalho que temos de falar e ver o que acontece.

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