Diego Aguirre sente o mau momento do São Paulo e testa alternativas na equipe — Foto: Marcos Ribolli
O São Paulo deu adeus à briga pelo título do Campeonato Brasileiro após empatar sem gols com o Atlético-PR, neste sábado, no Morumbi. E agora o clube não deve mais iludir seu torcedor: o discurso deve ser apenas de briga por vaga na Taça Libertadores – que ainda não está assegurada.
Se o Palmeiras vencer o Ceará neste domingo, no Pacaembu, a distância do São Paulo para o líder passa a ser de nove pontos. E se o Santos vencer o Inter na segunda-feira, em Porto Alegre, o Tricolor fica a oito pontos do primeiro time fora do G-6.
Não se trata de pintar um cenário de terra arrasada, mas sim de realidade. O desempenho recente do São Paulo não sugere uma reação rápida. Atrás na tabela, clubes como Grêmio, Santos e o próprio Atlético-PR apresentam desempenho melhor no segundo turno.
Veja o desempenho no returno dos times que brigam por Libertadores:
Santos – 21 pontos (segundo colocado)
Atlético-PR – 19 pontos (terceiro colocado)
Grêmio – 16 pontos (sexto colocado)
Atlético-MG – 13 pontos (décimo colocado)
São Paulo – 12 pontos (15º colocado)
Em meio à má fase, o técnico Diego Aguirre pode sofrer críticas sobre vários aspectos do trabalho, mas não pode ser acusado de se omitir. Mais uma vez, o técnico mudou a formação e trocou cinco peças em relação à derrota para o Internacional – três por necessidade, duas por opção. Ele não repetiu a escalação uma vez sequer de uma partida para outra do Brasileirão.
Apesar das mudanças nos nomes, o que se viu foi mais do mesmo: um time sem imaginação, criação ou capacidade de surpreender o adversário. Sem sair do lugar, o Tricolor acumula tropeços (seis jogos sem vencer, apenas uma vitória nas últimas nove partidas) e faz a torcida perder a paciência. Vaias e cobranças no fim do jogo são o retrato de uma equipe que não consegue mais se encontrar.
Luta não falta, é verdade. Mas só a vontade não será suficiente para triunfar – organização, criação no ataque e padrão de jogo não fazem mal a ninguém. O próximo jogo é fora de casa, contra o Vitória, sexta-feira que vem. A semana livre pode servir para reflexão.
Nenê ainda faz a diferença
Era claro que o São Paulo sentiria falta da qualidade no passe e da organização de jogadas de Nenê – ainda que o meia não esteja em sua melhor fase e tenha sido substituído nos últimos três jogos. Mas o plano de Diego Aguirre não exigia a necessidade do meia.
Formação do São Paulo com mudanças contra o Atlético-PR — Foto: GloboEsporte.com
Com Gonzalo Carneiro bem próximo de Diego Souza, mais Reinaldo e Rojas abertos, o São Paulo se viu com um vazio no meio de campo, mas apostou em bolas longas e em erros do adversário.
O melhor lance do Tricolor no primeiro tempo, por exemplo, nasceu em um passe equivocado de Wellington que caiu nos pés de Gonzalo – mais móvel, o uruguaio acertou belo drible da vaca em Paulo André e cruzou para Diego Souza mandar a bola no travessão.
Ainda assim, foi pouco: só 33% da posse de bola e quatro finalizações. O Atlético-PR também levou pouco perigo, tornando o jogo chato.
Com a entrada de Nenê, aos 23 do segundo tempo, na vaga de Diego Souza, o São Paulo renasceu ofensivamente e mostrou que, por mais voltas que se dê, ainda é o veterano quem oferece maiores chances de vitória. A bola que chutou na trave, a qualidade na criação e a responsabilidade que assume fazem dele um dos mais queridos pelas arquibancadas. Mas, sozinho, não resolve.
Em entrevista coletiva, Diego Aguirre disse que esse elenco ainda "tem muito a dar". Já mostrou que pode jogar melhor, sim, mas ainda é insuficiente para brigar em igualdade com os peixes grandes desse Brasileirão. A realidade, repetimos, é a Libertadores. O que já é bom.
E MAIS: Hudson admite perda de confiança e desespero no São Paulo
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São Paulo, Tropeço, Reação, Alternativas, Equipe, Libertadores, SPFC
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Se o Palmeiras vencer o Ceará neste domingo, no Pacaembu, a distância do São Paulo para o líder passa a ser de nove pontos. E se o Santos vencer o Inter na segunda-feira, em Porto Alegre, o Tricolor fica a oito pontos do primeiro time fora do G-6.
Não se trata de pintar um cenário de terra arrasada, mas sim de realidade. O desempenho recente do São Paulo não sugere uma reação rápida. Atrás na tabela, clubes como Grêmio, Santos e o próprio Atlético-PR apresentam desempenho melhor no segundo turno.
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Santos – 21 pontos (segundo colocado)
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São Paulo – 12 pontos (15º colocado)
Em meio à má fase, o técnico Diego Aguirre pode sofrer críticas sobre vários aspectos do trabalho, mas não pode ser acusado de se omitir. Mais uma vez, o técnico mudou a formação e trocou cinco peças em relação à derrota para o Internacional – três por necessidade, duas por opção. Ele não repetiu a escalação uma vez sequer de uma partida para outra do Brasileirão.
Apesar das mudanças nos nomes, o que se viu foi mais do mesmo: um time sem imaginação, criação ou capacidade de surpreender o adversário. Sem sair do lugar, o Tricolor acumula tropeços (seis jogos sem vencer, apenas uma vitória nas últimas nove partidas) e faz a torcida perder a paciência. Vaias e cobranças no fim do jogo são o retrato de uma equipe que não consegue mais se encontrar.
Luta não falta, é verdade. Mas só a vontade não será suficiente para triunfar – organização, criação no ataque e padrão de jogo não fazem mal a ninguém. O próximo jogo é fora de casa, contra o Vitória, sexta-feira que vem. A semana livre pode servir para reflexão.
Nenê ainda faz a diferença
Era claro que o São Paulo sentiria falta da qualidade no passe e da organização de jogadas de Nenê – ainda que o meia não esteja em sua melhor fase e tenha sido substituído nos últimos três jogos. Mas o plano de Diego Aguirre não exigia a necessidade do meia.
Formação do São Paulo com mudanças contra o Atlético-PR — Foto: GloboEsporte.com
Com Gonzalo Carneiro bem próximo de Diego Souza, mais Reinaldo e Rojas abertos, o São Paulo se viu com um vazio no meio de campo, mas apostou em bolas longas e em erros do adversário.
O melhor lance do Tricolor no primeiro tempo, por exemplo, nasceu em um passe equivocado de Wellington que caiu nos pés de Gonzalo – mais móvel, o uruguaio acertou belo drible da vaca em Paulo André e cruzou para Diego Souza mandar a bola no travessão.
Ainda assim, foi pouco: só 33% da posse de bola e quatro finalizações. O Atlético-PR também levou pouco perigo, tornando o jogo chato.
Com a entrada de Nenê, aos 23 do segundo tempo, na vaga de Diego Souza, o São Paulo renasceu ofensivamente e mostrou que, por mais voltas que se dê, ainda é o veterano quem oferece maiores chances de vitória. A bola que chutou na trave, a qualidade na criação e a responsabilidade que assume fazem dele um dos mais queridos pelas arquibancadas. Mas, sozinho, não resolve.
Em entrevista coletiva, Diego Aguirre disse que esse elenco ainda "tem muito a dar". Já mostrou que pode jogar melhor, sim, mas ainda é insuficiente para brigar em igualdade com os peixes grandes desse Brasileirão. A realidade, repetimos, é a Libertadores. O que já é bom.
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