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Veja os números da enorme queda de produção ofensiva do São Paulo no segundo turno

Tricolor Paulista era equipe que precisava de menos finalizações para fazer um gol no primeiro turno. No returno, desempenho cai e time precisa mais que o dobro de arremates para marcar

Foto: Marcos Ribolli

Que fatores explicam a fase ruim do São Paulo no Brasileirão? Focado apenas na competição nacional, os comandados de Aguirre tiveram uma queda de produção ofensiva quando comparados os números do segundo turno com os do primeiro turno.



Na primeira metade do Campeonato Brasileiro, o Tricolor Paulista era o líder na tabela e também liderava quando o assunto era ser cirúrgico nas conclusões a gol. Segundo melhor ataque até então, o time marcou 31 gols em 208 finalizações - uma bola na rede em 6,71 arremates. Atlético-MG e Palmeiras eram as outras equipes mais precisas.



Os números positivos do ataque ajudaram o time a alcançar o topo da tabela e terminar as primeiras 19 rodadas em primeiro. Porém, passadas dez jornadas do segundo turno, o São Paulo viu o desempenho ofensivo cair acentuadamente. A equipe precisa mais que o dobro de arremates para balançar a rede: 14,25. Com apenas oito gols em 114 tentativas, o Tricolor Paulista tem o sétimo pior ataque do returno, ao lado do Bahia. A média de gols de 1,63 do primeiro turno caiu pela metade para 0,8.



Referências técnicas e artilheiros do time na competição, Diego Souza e Nenê marcaram quatro vezes no segundo turno. O camisa 9 marcou três vezes, enquanto o meia fez um. Logo, a maioria dos gols da dupla foi na primeira metade do campeonato. O camisa 10 é quem está a mais tempo sem marcar. O último gol foi contra o Paraná, na 20ª rodada.

Passes errados e roubadas de bola

Outros números que ajudam a explicar a série de resultados negativos do São Paulo são os passes errados e as roubadas de bola. No primeiro turno, a equipe errou 22,89 passes, em média, por jogo. Com as dez rodadas da segunda parte do campeonato, a média aumentou. O time viu sua média de passes errados subir para 24,8 por jogo. A estatística ajuda a entender um pouco melhor a produção do time no returno. Muitas vezes a tentativa de passe era aquele último passe pra gerar uma chance real de gol.

Além disso, a retomada da posse de bola, fundamento importante para construção dos contra-ataques, diminuiu de um turno para o outro. No primeiro, o time roubou 366 bolas (média de 19,23), enquanto no returno a média caiu para 16,2. Hudson e Jucilei são os ladrões do bem do São Paulo, com 68 roubadas de bola cada.

Efeito Everton

Em 21 partidas com o São Paulo pelo Brasileirão, Everton saiu de campo derrotado três vezes - contra Palmeiras duas vezes (9ª e 28ª rodadas) e Grêmio (15ª rodada). O desempenho do time é positivo com ele em campo: 11 vitórias, 7 empates e 3 derrotas - 63,49% de aproveitamento.



Sem o camisa 22, o rendimento do time cai bastante: apenas 3 vitórias, 3 empates e 2 derrotas - 50% de aproveitamento. O jogador é o líder de assistências na equipe (6) e com cinco bolas na rede, só tem menos gols que Nenê e Diego Souza. O meia do São Paulo tem sofrido com lesões na coxa esquerda desde que chegou ao clube paulista e, por isso, ficou de fora de algumas partidas do time no Campeonato Brasileiro.

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