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Precisamos decidir o que fazer sobre Militão: afastar, pedir que renove ou utilizar até o final do contrato? Por Layla Reis

O São Paulo vive uma indagação sobre Militão nos bastidores do Morumbi: utilizar o jogador até o final de seu contrato para tentar vendê-lo barato e aproveitar seu bom futebol ou afastá-lo por não querer renovar com o tricolor?



A falha no planejamento contratual que permitiu que Militão se integrasse ao profissional antes de sua renovação e só atentou-se tardiamente que o término de seu contrato estava próximo é do departamento jurídico de futebol. O jovem Marquinhos Cipriano passou pela mesma novela meses antes e foi afastado, está treinando em Cotia, porém, eram situações diferentes.

Militão conquistou titularidade absoluta em 2018. Deu a sorte do São Paulo precisar de suas atuações na lateral direita desde o final do ano passado e uniu à competência de segurar a vaga. Com a chegada de Régis, Militão mostrou que não só improvisado atua bem, mas também em sua posição de origem e até mesmo avançado coo polivalente na integração com os volantes.

Se por um lado é uma peça fundamental para Aguirre, por outra, o jogador já joga com a cabeça pensando na Europa, segundo informação de fonte interna na comissão técnica, fato que gera preocupação. Treina e esbanja bom futebol quando entra em campo, inquestionavelmente, mas negou as 4 tentativas de acordo do São Paulo, inclusive luvas e aumento salariais bem salgados.

O jogador atualmente ganha na faixa dos R$ 12mil por mês e chegou a receber proposta de quase R$ 200mil com luvas, contrato estendido, multa maior para sair e a proposta de firmar seu futebol no Brasil por mais um ou dois anos para, então, rilhar na Europa com mais experiência e, quem sabe, com alguns títulos na bagagem. A diretoria de Raí luta contra o pensamento de "voar para a Europa" muito cedo, mas é difícil com o bilhete milionário dos times europeus ligando diretamente para a família do jogador.

A última proposta de acordo, Militão não se deu sequer ao trabalho de responder. E aí surge a indagação: Se, a partir de Julho, Militão fica livre para assinar de graça com qualquer time e já disse que não renovará com o São Paulo, o que fazer com o jogador?

Sem dúvida, precisamos de bom futebol e entrosamento para prosseguirmos na Sul-Americana e no campeonato brasileiro. Militão fez o gol contra o Fluminense no último jogo, firmando sua importância. Mas vira as cosas à sua história quando decide ir à Europa. Deve permanecer incondicionalmente no elenco até o final da temporada ou ficar encostado em Cotia?

O São Paulo serve de vitrine ao menino que já avisou que baterá asas e voará. Perfeito, que tenha sorte por lá. Mas devemos mantê-lo?

O menino quando nega a renovação, esquece-se que apesar do bom futebol, é alta a porcentagem de jovens que estouram nas bases brasileiras, são vendidos como ouro para a Europa e depois "desaparecem" em campeonatos europeus. Não seria vantajoso esperar?

A torcida também precisa participar dessa decisão, pois, quando o dinheiro não convence, a única coisa capaz de sobrevaler à racionalidade é o coração e isso significar abraçar o jogador. A torcida precisa decidir se quer pedir que o menino fique ou decidir que ele vá embora de uma vez e pensar no tricolor se entrosar em ele desde já.

Não é justo ter que "implorar" para um jogador com salário em dia ficar. Mas há de se pensar se o menino, além de tudo, não anda mau assessorado como muitos jovens do nosso futebol brasileiro.

Existe a necessidade da torcida se decidir para que a diretoria e o Aguirre não sejam alvos de críticas de um erro que se iniciou no departamento jurídico.

É preciso abrir a discussão sobre o caso de Militão sem demagogia. O erro já está feito, agora, qual é a melhor forma de corrigir?

Propostas e procuras?
O Porto é um dos interessados em levar Militão em julho, mas topa gastar apenas € 2,3 milhões (R$ 9,6 milhões). Ainda que tope fazer acordo com os portugueses, o São Paulo ainda vai precisar do aval de Militão e seu empresário. O problema é que Ulisses já sabe que embolsará muito mais dinheiro se esperar até janeiro para se transferir. Manchester City, Juventus e Chelsea são alguns dos interessados em contratá-lo livre.

Layla Reis

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