Foto: Divulgação/Spfc
O Campeonato Brasileiro que se inicia neste sábado é o 16º disputado no modelo de pontos corridos, adotado pela primeira vez em 2003. Na atual temporada, os clubes paulistas entram em campo em busca do décimo título para o estado, uma hegemonia que se acentuou desde a extinção do mata-mata e que expõe a necessidade de profissionalização na gestão no futebol.
O Brasileirão existe desde 1959, embora já tenha tido diferentes nomes. Nos primeiros 43 anos, até 2002, a taça circulou por sete estados diferentes, mas os os paulistas levaram 47,8% dos títulos.
Com a adoção do sistema de pontos corridos, essa proporção subiu para 60%.
Os paulistas também são os que mais acumulam vices e terceiros lugares da Série A desde 2003. A temporada de 2013 foi a única em que nenhum clube do estado apareceu no G-4.
Além dos títulos, a maior presença paulista nos campeonatos nacionais também reflete essa hegemonia. Desde 2003, São Paulo sempre foi um dos estados com mais representantes tanto na Série A quanto nas Séries A, B e C somadas.
Só o Rio de Janeiro conseguiu, por três vezes, se equiparar aos paulistas na quantidade de clubes na elite. Em 2018, o cenário se repete pela quarta vez.
Mas, por que isso acontece? Embora seja o estado mais rico do país, nem sempre os paulistas têm os elencos mais valiosos. Em 2018, por exemplo, o Flamengo é a equipe mais cara, estimada em R$ 370 milhões.
– O futebol de São Paulo sempre se preocupou mais com centro de treinamento, com estrutura de trabalho, e isso já faz a diferença em campo. Agora, a partir do momento em que você passa a fazer um campeonato de 38 rodadas, em pontos corridos, vai ganhar quem se prepara mais, quem tem mais equilíbrio econômico, quem tem mais elenco – explica o comentarista Juninho Pernambucano.
O histórico dos pontos corridos aponta para a mesma direção. Entre os quatro principais pontuadores no somatório desde 2003, o Cruzeiro é a única equipe de fora de São Paulo no top 4.
Para atletas, o torneio estadual também ajuda a explicar essa hegemonia. Um Paulistão competitivo e forte faz com que seus clubes cheguem no nacional mais bem preparados que o resto do país.
– Os clubes paulistas sempre entraram nos campeonatos para brigar por títulos. O campeonato paulista em si também é muito forte, isso mostra porque o estado de São Paulo tem muita força. É muito difícil de ganhar exatamente porque as outras equipes, de expressão menor, são também boas equipes. Então essa organização do estado de São Paulo sempre ajudou – disse Bruno Henrique, volante do Palmeiras.
Renato, volante do Santos que já disputou o Campeonato Carioca pelo Botafogo, concorda com o palmeirense:
– A gente vê um Campeonato Paulista muito mais equilibrado que o resto do Brasil. Você tem uma noção do que vai ser o Brasileiro. Você tendo uma competitividade maior no estadual, tem um parâmetro para o Brasileirão. No paulista, os clubes acabam saindo um pouco na frente dos demais.
Os paulistas vêm de três títulos seguidos, mas, mais uma vez, têm adversários de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul como os mais perigosos. Cariocas e mineiros, inclusive, são os únicos que já conseguiram desbancar os clubes de São Paulo nos pontos corridos.
1- Corinthians com 4 títulos
2- São Paulo com 3 títulos
3- Cruzeiro com 3 títulos
4- Fluminense com 2 títulos
5- Palmeiras com 1 título
5- Santos com 1 título
Quem pode desafiar os paulistas em 2018?
Há três anos seguidos a taça do Brasileirão foi parar em solo paulista, com os títulos de Corinthians em 2015 e 2017, e Palmeiras em 2016. Neste ano, contudo, terão novamente fortes concorrentes – Grêmio, Flamengo e Cruzeiro são alguns dos principais postulantes ao título.
Para Thiago Neves, o Cruzeiro vai brigar pelo topo em 2018:
– O Cruzeiro se preparou com as contratações que fez. É muito difícil quebrar (a hegemonia paulista) porque são quatro clubes em São Paulo de alto nível. E aqui (em Minas Gerais) temos dois. O Rio de Janeiro também fica perto porque tem quatro, mas o Cruzeiro se preparou bem e esse ano, se Deus quiser, a gente vai brigar lá no topo, porque time a gente tem para ser campeão.
Já o gremista Éverton confia na continuidade do trabalho de Renato Portaluppi e na manutenção do elenco dos últimos anos como os trunfos do atual campeão da América:
– A gente tem uma vantagem de três anos mantendo essa base e chegando alguns jogadores qualificados que têm nos ajudado bastante desde o ano passado, e nesse ano também, no Gauchão. E a gente quer começar esse ano como nos outros anos não começamos. A gente acabou perdendo pontos importantes que, no final, fizeram a diferença e acabou que os times que começaram bem começaram com uma boa vantagem e no final consagraram campeão.
O Campeonato Brasileiro que se inicia neste sábado é o 16º disputado no modelo de pontos corridos, adotado pela primeira vez em 2003. Na atual temporada, os clubes paulistas entram em campo em busca do décimo título para o estado, uma hegemonia que se acentuou desde a extinção do mata-mata e que expõe a necessidade de profissionalização na gestão no futebol.
O Brasileirão existe desde 1959, embora já tenha tido diferentes nomes. Nos primeiros 43 anos, até 2002, a taça circulou por sete estados diferentes, mas os os paulistas levaram 47,8% dos títulos.
Com a adoção do sistema de pontos corridos, essa proporção subiu para 60%.
Os paulistas também são os que mais acumulam vices e terceiros lugares da Série A desde 2003. A temporada de 2013 foi a única em que nenhum clube do estado apareceu no G-4.
Além dos títulos, a maior presença paulista nos campeonatos nacionais também reflete essa hegemonia. Desde 2003, São Paulo sempre foi um dos estados com mais representantes tanto na Série A quanto nas Séries A, B e C somadas.
Só o Rio de Janeiro conseguiu, por três vezes, se equiparar aos paulistas na quantidade de clubes na elite. Em 2018, o cenário se repete pela quarta vez.
Mas, por que isso acontece? Embora seja o estado mais rico do país, nem sempre os paulistas têm os elencos mais valiosos. Em 2018, por exemplo, o Flamengo é a equipe mais cara, estimada em R$ 370 milhões.
– O futebol de São Paulo sempre se preocupou mais com centro de treinamento, com estrutura de trabalho, e isso já faz a diferença em campo. Agora, a partir do momento em que você passa a fazer um campeonato de 38 rodadas, em pontos corridos, vai ganhar quem se prepara mais, quem tem mais equilíbrio econômico, quem tem mais elenco – explica o comentarista Juninho Pernambucano.
O histórico dos pontos corridos aponta para a mesma direção. Entre os quatro principais pontuadores no somatório desde 2003, o Cruzeiro é a única equipe de fora de São Paulo no top 4.
Para atletas, o torneio estadual também ajuda a explicar essa hegemonia. Um Paulistão competitivo e forte faz com que seus clubes cheguem no nacional mais bem preparados que o resto do país.
– Os clubes paulistas sempre entraram nos campeonatos para brigar por títulos. O campeonato paulista em si também é muito forte, isso mostra porque o estado de São Paulo tem muita força. É muito difícil de ganhar exatamente porque as outras equipes, de expressão menor, são também boas equipes. Então essa organização do estado de São Paulo sempre ajudou – disse Bruno Henrique, volante do Palmeiras.
Renato, volante do Santos que já disputou o Campeonato Carioca pelo Botafogo, concorda com o palmeirense:
– A gente vê um Campeonato Paulista muito mais equilibrado que o resto do Brasil. Você tem uma noção do que vai ser o Brasileiro. Você tendo uma competitividade maior no estadual, tem um parâmetro para o Brasileirão. No paulista, os clubes acabam saindo um pouco na frente dos demais.
Os paulistas vêm de três títulos seguidos, mas, mais uma vez, têm adversários de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul como os mais perigosos. Cariocas e mineiros, inclusive, são os únicos que já conseguiram desbancar os clubes de São Paulo nos pontos corridos.
1- Corinthians com 4 títulos
2- São Paulo com 3 títulos
3- Cruzeiro com 3 títulos
4- Fluminense com 2 títulos
5- Palmeiras com 1 título
5- Santos com 1 título
Quem pode desafiar os paulistas em 2018?
Há três anos seguidos a taça do Brasileirão foi parar em solo paulista, com os títulos de Corinthians em 2015 e 2017, e Palmeiras em 2016. Neste ano, contudo, terão novamente fortes concorrentes – Grêmio, Flamengo e Cruzeiro são alguns dos principais postulantes ao título.
Para Thiago Neves, o Cruzeiro vai brigar pelo topo em 2018:
– O Cruzeiro se preparou com as contratações que fez. É muito difícil quebrar (a hegemonia paulista) porque são quatro clubes em São Paulo de alto nível. E aqui (em Minas Gerais) temos dois. O Rio de Janeiro também fica perto porque tem quatro, mas o Cruzeiro se preparou bem e esse ano, se Deus quiser, a gente vai brigar lá no topo, porque time a gente tem para ser campeão.
Já o gremista Éverton confia na continuidade do trabalho de Renato Portaluppi e na manutenção do elenco dos últimos anos como os trunfos do atual campeão da América:
– A gente tem uma vantagem de três anos mantendo essa base e chegando alguns jogadores qualificados que têm nos ajudado bastante desde o ano passado, e nesse ano também, no Gauchão. E a gente quer começar esse ano como nos outros anos não começamos. A gente acabou perdendo pontos importantes que, no final, fizeram a diferença e acabou que os times que começaram bem começaram com uma boa vantagem e no final consagraram campeão.
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