Dorival dá instruções a Valdivia antes do empate com a Ferroviária

A demora do São Paulo em demitir Dorival Júnior, apesar da pressão do torcedor e de parte da diretoria, tem explicação. Dentro do departamento de futebol, existe a impressão de que o treinador pode pedir demissão em caso de um novo tropeço na quarta-feira, diante do CRB, em jogo de ida da 3ª fase da Copa do Brasil.

Tal desfecho evitaria que Raí, Ricardo Rocha e companhia se expusessem ainda mais depois da série de críticas das quais viraram alvo por causa dos reforços para 2018: Nenê, Trellez, Diego Souza, entre outros, ainda não conseguiram vingar com a camisa tricolor.

O contrato de Dorival, que termina em dezembro, não prevê multa rescisória. Caso decida dispensá-lo, o Tricolor só terá de pagar um mês de salário, referente ao aviso prévio, e 40% de multa em cima do valor do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

A opção por não criar multa no contrato de Dorival tem tudo a ver com o trágico desfecho de Rogério Ceni no Morumbi. O ídolo são-paulino levou R$ 5 milhões após ser demitido pelo presidente Leco. O vínculo do treinador com o Tricolor lhe garantia tal valor se ele tivesse aproveitamento superior a 47% quando da dispensa. E ele tinha um pouco a mais do que isso.

O time de Dorival não vence no Paulistão há três rodadas: derrotas para Santos e Ituano e empate com a Ferroviária. A série de resultados ruins já coloca até a classificação para a fase mata-mata do estadual em risco. O São Paulo é o líder de sua chave com 11 pontos, contra 10 de São Caetano e Ponte Preta, e oito do Santo André.

Até o fim da primeira fase, o Tricolor ainda atua contra Linense e Palmeiras fora de casa, e diante do Red Bull no Morumbi.