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Dorival precisa acordar e abandonar muletas

A derrota contra o Ituano pode servir para alguma coisa se Dorival Jr. mantiver o que fez no intervalo do jogo. Ao tirar Diego Souza e Nenê, ele pode ter dado fim à escalação seguida do quinteto lentidão, que reúne ainda Cueva, Petros (no caso, Hudson) e Jucilei. Será que abriu os olhos e percebeu o que todos diziam. Todos, inclusive ele, que no ano passado, disse ter um time muito lento na transição de jogadas e que isso mudaria em 2018.



Importante notar é que Dorival deixou claro que não havia pedido Nenê e Trellez. Na verdade, ele buscava um atacante rápido e um lateral. Bem, se não queria, não precisa escalar, não é? E, assim que Nenê apareceu no Bid, foi para o jogo, mandando Brenner autor de dois gols, em dois jogos seguidos, para o banco de reservas. Ora, se ele se submete à contratações que não quis, fica difícil defendê-lo por elas haverem se concretizado.

É muito bonito dizer que um técnico tem um modelo, tem um conceito ou um esquema, mas é só um? Só sabe fazer uma coisa? E não estou falando de Dorival apenas. Treinador precisa detectar problemas e resolver logo. Dorival foi rápido ao ver que Junior Tavares é fraco na marcação, mas demorou a perceber que Bruno é fraco na marcação e no ataque também. E agora, a questão da lentidão. Será que, enfim, percebeu que Nenê, Cueva e Diego Souza juntos não é uma alternativa boa.

É preciso também abandonar as muletas. Todo mundo sabe que a CBF é péssima, que o calendário é ridículo, que os clubes do interior começam a trabalhar antes, que são muitos jogos em pouco tempo, que não tem tempo para treinar, que Elis Regina cantava muito mais que Pablo Vittar. Tudo verdade, mas também é verdade que Dorival Jr. não está trabalhando na Europa e sim no Brasil. E que é preciso, como dizem os descolados, ''performar''.

E a outra grande verdade é que o time tem jogadores para render muito mais do que está rendendo. E precisa melhorar rapidamente. E, se não melhorar, o treinador cai. É assim que toca a banda. De maneira correta, eu acho.

No Brasil, criou-se o conceito de que demitir treinador é um HOR-ROR. A modernidade exige. Mesmo que o time não jogue nada. Parece golpe de estado.

Por fim, um outro setor do São Paulo que precisa ser questionado é o que cuida de scouts e análise de desempenho. Hoje, em dia, é muito moderno falar sobre a eficiência desses profissionais. Todo clube tem. O do São Paulo indicou Thomaz, Marcinho e Morato. E agora, Régis, lateral de 28 anos que rodou por muitos clubes do Brasil. Ora, amigos, contratar jogador revelado no interior é prática antiquíssima. Waldir Peres, Nelson, Samuel, Chicão, Teodoro, Thales, Bazzani, Leão, Eurico, Luís Pereira, Dudu, Júnior (sobrinho de Dudu e que agora é técnico com nome Dorival Jr), Pelé, Coutinho, Ralf, Paulinho, Elias, Raí, Sócrates, Geraldão…

Foi o scout que indicou Nenê, que não fazia a diferença no Vasco ou foi Raí?

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