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O "falso jogar bem" do São Paulo, que ainda não sabe o que quer

Apesar da exaltação pós-derrota, time teve problemas individuais e coletivos na derrota para o Santos

Jogadores do São Paulo adiantados, mas não pressionam nem fecham o passe do Santos (Foto: Reprodução)

Não se deixe enganar pelos generosos olhos de técnico e jogadores do São Paulo: o time não jogou tão bem assim na derrota por 1 a 0 para o Santos. E pior, não deu sinais de que será, em curto prazo, capaz de intimidar grandes rivais. É verdade que no primeiro tempo houve superioridade, mas não na região onde se define jogos, graças a problemas individuais e coletivos que se repetem.



Imagine o campo dividido em três terços. O último, onde está a área do adversário, é aquele em que os jogadores precisam de movimentos de definição, estimulados por talento e boa combinação entre eles. Aí, o São Paulo tem problemas sérios. Há poucas alternativas. O time depende de tabelas entre jogadores técnicos e lentos, facilmente neutralizados por sistemas defensivos.

Principalmente porque o Tricolor pouco usa a linha de fundo. o que aconteceu no fim, quando deveria ter havido uma pressão, mas não houve, e Nenê recebeu isolado na esquerda.

Para furar a defesa santista, em nenhum momento o São Paulo tentou triangulações pelos lados, receita de sucesso de equipes campeãs.

Ainda no primeiro tempo, houve outro lance curioso envolvendo Nenê. O veterano. puxou contra-ataque, mas Cueva, Marcos Guilherme e Diego Souza em nenhum momento lhe ofereceram uma possibilidade de passe, nem em profundidade, nem mais curto, para avançar com tabelas. Eles correram o tempo inteiro em linha com os marcadores.

Para jogar com Nenê, Cueva e Diego Souza, o São Paulo precisaria de laterais rápidos que chegam ao fundo com facilidade. Reinaldo, que teve boa atuação, depende que o corredor para sua passagem seja aberto com mais frequência.

Outra necessidade para que essa combinação dê certo é um meia melhor do que Petros. Ele deveria ser o "ritmista" da equipe, acelerar, cadenciar, mas raramente dá sequência aos lances: perde muitas bolas e erra passes mais refinados.

Em resumo, o São Paulo não sabe bem o que quer, desde a diretoria, que contratou Nenê, Tréllez e Valdívia, em ações que inibem a ascensão de jogadores como Shaylon e Brenner, passando por Dorival Júnior, em escalações que pouco têm a ver com suas ideias, e até os jogadores.

De algumas rodadas para cá, o Tricolor ensaia uma marcação-pressão, aquela que sufoca a saída de bola do adversário, mas ela é pessimamente executada.

Há seis jogadores no campo de ataque, mas ninguém do Santos está pressionado, as linhas de passe não estão bloqueadas e os zagueiros correm para trás, em vez de compactar. Fica fácil para o avanço com a bola pelo chão. Ao encontrarem Gabriel, decisivo, perigo acontece. E termina em gol.

Dorival pode ter razão, e as próximas rodadas mostrarem o São Paulo chegando ao ideal. Não parece. Por enquanto, ainda é um projeto mal pensado e mal resolvido.

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