Leco passou a ter salário a partir da mudança no estatuto do Tricolor

Dezenas de conselheiros do São Paulo, de diversos grupos políticos, estão trabalhando nos bastidores para garantir mudanças no estatuto do clube. Uma das ideias é impedir que conselheiros atuem como funcionários ou diretores do São Paulo, algo que se tornou usual nos últimos anos.

A medida afetaria, por exemplo, alguns dos aliados políticos do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. "Queremos que os conselheiros abandonem de vez os cargos para virarem funcionários remunerados e não apenas fiquem afastados do cargo e, na época da eleição, voltem para participar do pleito", explica um dos líderes do movimento.

Esse trabalho de análise das mudanças estatutárias, para corrigir os caminhos do estatuto, será coordenado pelo ex-presidente Bastos Neto. A expectativa é de que uma reunião extraordinária seja convocada nos próximos 90 dias para tratar do tema.

Newton do Chapéu, que participa ativamente dos bastidores, ressalta que o movimento não tem a ver com a disputa pelo poder. "Os envolvidos são movidos pela são-paulinidade, visando a instituição, sem caráter político", destaca.

Vale lembrar que todos os cargos de diretoria passaram a ser remunerados com o novo estatuto. O presidente Leco, por exemplo, fatura na casa dos R$ 27 mil por mês. Seus diretores, desde o futebol, passando pelo administrativo, jurídico, de marketing, entre outros, também garantem rendimentos aos escolhidos.