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Para PC, São Paulo virou refém de Cueva e deve usá-lo como moeda de troca

Comentarista vê peruano com "faca, queijo, garfo e prato na mão", reintegrado ou não ao elenco, que pode não ver bem o paternalismo do clube com quem desafia estrutura e depois pede desculpas

Cueva treinou na sexta-feira, mas não enfrentará o Corinthians pelo Paulistão (Foto: Marcelo Hazan)

ueva não foi relacionado para enfrentar o Corinthians neste sábado, pelo Paulistão, mas treinou com o grupo na sexta-feira. Segue fora da equipe, depois de ter pedido para não enfrentar o Mirassol, na última quarta-feira. O clube havia recusado proposta do Al-Hilal, da Arábia Saudita, pelo meia. O executivo de futebol Raí apontou falta de comprometimento do atleta, que rebateu com sua versão em rede social. Depois, apagou a postagem e pediu desculpas, em entrevista exclusiva. As seguintes polêmicas envolvendo o peruano e o São Paulo chegaram numa situação quase insustentável, segundo o comentarista Paulo Cesar Vasconcellos.



- Acho que o Cueva hoje, em relação ao São Paulo, tem a faca, o queijo, o garfo e o prato na mão. Se o São Paulo chegar e reintegrá-lo, beleza. E ele fala assim: "Amanhã ou depois pode surgir uma nova filmagem, tá tudo certo." Se o São Paulo não reintegrá-lo: "Pô, eu quero jogar, mas eles não querem." Ele está na boa - disse no "Seleção SporTV" desta sexta.

Perguntado pelo apresentador Abel Neto sobre qual seria a solução para o clube, PC não teve dúvidas em apontar uma saída do jogador peruano.

- Moeda de troca. Conversa com o Vasco e diz: "Vem o Nenê, e toma o Cueva."

A troca por Nenê foi apenas um exemplo citado pelo comentarista, para quem as atitudes do jogador deixaram para o Tricolor Paulista uma situação difícil de administrar com o restante do elenco.

- O que o Raí e o Ricardo Rocha vão ter que avaliar é se para o grupo é confortável ter alguém que desafia toda aquela estrutura o tempo inteiro e depois pede desculpas. O Cueva pensa: "Pô, eu tenho que jogar, sou bom de bola, na média do futebol brasileiro eu jogo pra burro. Eu tenho vaga. Vou jogar quando eu quero, se surgir outro comercial vou viajar... Mas e o grupo? A rapaziada que rala todo dia, chega lá no CT 7h da manhã, que vai para Mirassol. Como é que esse grupo recebe isso? É só essa a questão.

Para o comentarista Carlos Eduardo Lino, o impasse não é bom também para o jogador, que, perto de disputar uma Copa do Mundo, precisa jogar para carimbar o passaporte para a Rússia. PC discordou. Acha que Cueva, por falta de concorrência, é dono da posição em seu país independentemente de estar atuando ou não. E o paternalismo do São Paulo ao tratar as seguidas indisciplinas do jogador transformaram o clube em seu refém.

- Ele está errado do goleiro ao ponta-esquerda, da meia-noite ao meio-dia ele está errado, tudo o que ele fez foi errado. Agora, ele está numa situação que é a seguinte. Na entrevista para o André Hernan, ele diz assim: "Eu quero jogar." É a quarta ou quinta vez que tem um problema e depois ele diz depois: "Ah, eu quero jogar."O clube vai lá, no sistema paternalista da maioria dos clubes brasileiros... 'Vem cá, meu filho, vamos lá, vamos dar um carinho nele..." E pronto. Quem está na sinuca de bico é o São Paulo, e não ele. Vejo o São Paulo como refém do Cueva, e não o contrário. (...) Reiteradamente, tem problemas. Aí o clube vai lá e diz: "Vamos lá Cueva, beleza, vem." Aí ele volta. O clube vai ficar olhando... "Ah, é assim?"

Para Carlos Eduardo Lino, a contratação de Nenê vai pressionar Cueva a mudar de atitude.

- Mas se ele não jogar, vai para o banco. Você tem que submetê-lo ao profissionalismo do São Paulo. O clube tem que ser profissional, não pode ser protecionista. O futebol brasileiro não administra talento, administra ego. E de infantis ainda, um monte de juvenil. Ego você tem que administrar em qualquer lugar. Agora, um jogador do talento dele você não abre mão. O Nenê vai pressionar. Se ele não jogar bola, tem outros jogadores, e o Nenê é um jogador à altura de botá-lo no banco. Acho até que dá para botar os dois juntos.

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